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Braço de ferro entre rebeldes pró-russos e forças ucranianas no leste

Rebeldes pró-russos e forças armadas ucranianas mantêm hoje um braço de ferro tenso no leste da Ucrânia, na véspera de negociações em que Moscovo quer exigir uma "federalização" que Kiev diz ameaçar o país de rutura.

Braço de ferro entre rebeldes pró-russos e forças ucranianas no leste
Notícias ao Minuto

12:07 - 16/04/14 por Lusa

Mundo Leste

Os serviços especiais ucranianos acusam os grupos armados pró-russos de terem ordem para "disparar a matar" e o ministério da Defesa ucraniana diz que dois militares foram "feitos reféns" na terça-feira na região de Lougansk.

Seis veículos blindados de transporte de tropas, com a bandeira russa, estacionaram em Slaviansk, cidade emblemática da última série de insurreições pró-russas, controlada desde domingo pelos rebeldes armados.

Nos blindados estão dezenas de homens vestidos com os mesmos uniformes, sem insígnias, mas com faixas de São Jorge, ordem honorífica das forças armadas russas, equipados com armas de guerra e muitos deles com capuzes negros.

A origem dos blindados ainda não é conhecida. A agência Interfax-Ucrânia diz que são veículos ucranianos tomados pelos rebeldes pró-russos à entrada em Kramatorsk, mas nem o ministério do Interior nem o da Defesa reconheceram a perda desses equipamentos.

Na terça-feira, as tropas ucranianas tinham avançado em direção daquela localidade, de norte e de sul, para cercarem os separatistas.

As autoridades de Kiev e os países ocidentais afirmam que os grupos armados são de facto militares russos, tal como aqueles que em março intervieram na península ucraniana da Crimeia antes da sua anexação à Rússia.

A Rússia nega as acusações, acusando por seu lado as autoridades pró-europeias de Kiev de terem levado o país "à beira da guerra civil".

As autoridades de Kiev, que Moscovo não reconhece, lançaram no domingo uma "operação antiterrorista de grande envergadura" no leste russófono do país para retomar o controlo após uma segunda série de rebeliões pró-russas numa semana, com os separatistas a tomarem o controlo de edifícios públicos em mais de meia dúzia de cidades.

Hoje de manhã, num novo desafio ao poder de Kiev, um grupo de homens armados e encapuzados entrou na câmara de Donetsk, grande cidade do leste da Ucrânia, onde os separatistas já tinham proclamado uma "república soberana".

O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, acusou entretanto a Rússia de estar a erigir um novo muro de Berlim que ameaça a segurança europeia.

"Os acontecimentos atuais começam a ameaçar a Europa e a União Europeia. É hoje claro que os nossos vizinhos russos decidiram construir um novo muro de Berlim e voltar à Guerra Fria", disse hoje Arseniy Yatsenyuk na abertura da reunião do conselho de ministros.

As negociações entre a Ucrânia, a Rússia, os EUA e a União Europeia previstas para quinta-feira em Genebra, deverão por isso ser muito tensas.

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