Mãe deixa bebé sozinha por 6 dias para ir ter com namorado. Menor morreu

A mãe, Alessia Pifferi, deixou a criança em casa na região de Milão para viajar até Leffe, na província italiana de Bérgamo, para se encontrar com o novo namorado.

Alessia Pifferi

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Márcia Guímaro Rodrigues
25/07/2022 12:24 ‧ 25/07/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Itália

Diana, uma bebé de 18 meses, morreu de fome e desidratação após ter ficado quase sete dias sozinha em casa, deitada no berço com apenas um biberão e fraldas. A mãe, uma mulher de 37 anos, foi acusada de homicídio voluntário pelos factos ocorridos entre 14 e 20 de julho.

A mulher, Alessia Pifferi, deixou a criança em casa na região de Milão para viajar até Leffe, na província de Bérgamo, para se encontrar com o novo namorado, um homem de 58 anos. Alessia queria que a relação resultasse, por isso considerou ser “fundamental não interromper aqueles dias em que estava com ele, mesmo quando tinha medo de que a criança ficasse doente ou morresse”, explicou numa audiência em tribunal. Ao namorado, terá dito que deixou a menina com uma irmã.

A pequena Diana ficou sozinha a 14 de julho, quinta-feira, vestida, com um biberão e fraldas. Ao terceiro dia, a mãe admitiu que começou a ter “medo de que a criança morresse”, mas “esperava que tal não acontecesse”.

“Era uma espécie de esperança, em parte o pensamento de que talvez as coisas que eu tinha deixado com ela fossem suficientes”. 

O juiz excluiu a circunstância agravante de premeditação, considerando que Alessia agiu por “motivos fúteis”. No entanto, a acusação poderá mudar após ser conhecido o resultado da autópsia, uma vez que as autoridades suspeitam que terão sido dados benzodiazepínicos à criança para que não chorasse.

Quando chegou a casa, viu que a filha “não se mexia”. “Dei-lhe uma palmada nas costas e coloquei-lhe os pés na pia para a molhar, mas ela não reagiu. Pedi ajuda a uma vizinha e ela ligou imediatamente para os serviços de emergência. Eu sabia do risco que podia correr, mas não sou uma má mãe”, contou ao juiz, acrescentando que queria ter “a sensação de ser livre” e ficar “finalmente aliviada durante um tempo do fardo de ser mãe solteira”.

Às autoridades, o namorado de Alessia explicou que a mulher “preferiu ir sozinha para ‘respirar’” e que pensava que a criança ficou com a irmã desta. “Se a tivesse trazido, teria ficado suspeito”, acrescentou. 

Alessia - que a acusação descreve como uma “pessoa sem escrúpulos e capaz de cometer qualquer atrocidade para favorecer as suas necessidades pessoais, com o desejo de manter relações amorosas com homens a todo o custo” - será colocada num “regime de vigilância reforçada” devido ao risco de suicídio. 

Segundo a imprensa italiana, a mulher já tinha deixado a filha sozinha vários fins de semana, afirmando sempre estar à guarda de "uma irmã" ou "uma ama". Sabe-se também que Diana nasceu no apartamento de um ex-namorado da mãe, que não sabia que estava grávida. 

Leia Também: Itália. Presidente da região de Lazio sugere candidatura às eleições

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