O comandante iraniano declarou, citado pela agência de notícias ISNA, que "as frotas estão posicionadas a uma distância de 2.000 quilómetros ou mais e garantem a segurança" das "linhas de navegação e artérias económicas".
"Suponhamos que haja um grupo naval e que este tenha acesso a um esquadrão de voo com um alcance de mais de mil quilómetros. Isso significa que o nosso domínio de informação, o nosso domínio operacional melhora de dois mil para três mil quilómetros ou ainda mais", acrescentou o comandante.
O Irão forneceu informações na sexta-feira sobre a sua primeira divisão de porta-aviões não tripulados, composta por navios e submarinos no Oceano Índico, com 'drones' modelo Ababil-4, Arash, Bavar-5 e Homa, entre outros, mas não detalhou o número de drones ou submarinos.
O Irão referiu hoje que esses grupos navais também são capazes de produzir e reparar novos 'drones' a bordo durante a operação.
"Além disso, reduzimos a nossa dependência em terra, pois um navio focado numa missão de apoio ou combate é uma base, o que significa que movemos uma base de dentro do território da República Islâmica do Irão a uma distância de dois mil quilómetros, nas profundezas dos oceanos", explicou Irani.
A apresentação da referida divisão naval pelo Irão ocorreu enquanto o Presidente dos EUA, Joe Biden, estava no Médio Oriente e alguns dias depois de o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, dizer ter informações de que o Irão está a preparar-se para entregar centenas de 'drones' à Rússia para usar na sua ofensiva militar contra a Ucrânia.
Por seu lado, o Governo iraniano disse que Irão e Rússia estão a colaborar em áreas tecnológicas, mas argumentou que tal cooperação não é nova e antecede a guerra na Ucrânia.
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