Mortes na Amazónia. Suspeito do crime já foi ativista pelo povo indígena
Em 2002, 'Pelado' liderava ações de consciencialização no estado do Amazonas.
© Reuters
Mundo Amazónia
Um dos suspeitos dos homicídios que ocorreram o mês passado na Amazónia lutava pela causa ambiental há 20 anos, de acordo com o que avança o g1 esta terça-feira.
De acordo com o que recorda o entrevistado - e jornalista - Leonencio Nossa, em declarações ao g1, Amarildo Costa Oliveira, mais conhecido por 'Pelado', era um "rapaz prestável".
Em 2002, o jornalista participou numa ação liderada por 'Pelado' - que, juntamente com o seu irmão, Oseney da Costa de Oliveira, está sob custódia das autoridades no caso que envolveu as mortes do jornalista britânico Dom Philips e de Bruno Pereira, especialista em tribos indígenas da Amazónia. A expedição decorreu no Vale do Javari, uma terra indígena no estado do Amazonas.
Em declarações à publicação brasileira, o jornalista explica que Amarildo abria o caminho em expedições indígenas que duravam mais de 100 dias, por forma a combater a invasão de pescadores e explorador de minerais precioso, como diamantes ou ouro.
"Era um ribeirinho muito inserido naquela tradição, com sua religiosidade [...] Era o primeiro a pegar em um machado para tirar um galho que estava obstruindo a passagem", relata.
Os dois homens desapareceram na Amazónia e a sua morte só foi confirmada alguns dias depois. No dia seguinte a serem encontrados vestígios que confirmaram que ambos estavam mortos, a Organização das Nações Unidas pediu que as autoridades reforcem os órgãos federais responsáveis pela proteção dos indígenas e do meio ambiente,
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