Paramount vai pagar 16 milhões a Trump para resolver disputa judicial

A Paramount concordou em pagar 16 milhões de dólares para resolver um processo judicial movido pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, devido à edição da entrevista '60 Minutes' da CBS com a então vice-presidente Kamala Harris.

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Lusa
02/07/2025 16:39 ‧ há 10 horas por Lusa

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Donald Trump

A Paramount, que é proprietária da CBS, disse que o valor - equivalente a 13,6 milhões de euros, ao câmbio atual - irá para a futura biblioteca presidencial de Trump, e não para o próprio Presidente republicano, e acrescentou que o acordo não envolveu um pedido de desculpas.

 

O advogado de Donald Trump disse que o seu cliente sofreu "angústia mental" com a edição da entrevista pela CBS News, enquanto a Paramount e a CBS rejeitaram a sua alegação de que ela foi editada para melhorar o som de Harris, a candidata democrata à Presidência norte-americana em 2024.

A Paramount está simultaneamente a tentar obter a aprovação da administração Trump para a fusão proposta com a Skydance Media.

Um porta-voz da equipa jurídica de Trump disse que, com o acordo, o Presidente "oferece outra vitória para o povo norte-americano".

A Paramount aceitou que as transcrições do programa '60 Minutes' fossem divulgadas.

No início de fevereiro, o programa '60 Minutes' divulgou uma transcrição completa e não editada da entrevista de Harris.

Nos termos do acordo alcançado com a ajuda de um mediador, a Paramount concordou que o programa divulgará transcrições de futuras entrevistas de candidatos presidenciais, "sujeitas a redações, conforme necessário, por motivos legais e de segurança nacional", segundo a declaração da CBS News.

O caso levou à demissão do produtor do programa, Bill Owens, que contestou Trump e os seus ataques à independência da CBS e, pouco tempo depois, à demissão da diretora da CBS News, Wendy McMahon, que defendeu a posição de Owens.

Três senadores democratas escreveram em 20 de maio à Paramount sobre a possibilidade de a empresa aceitar o acordo com Trump, uma vez que poderiam estar em risco a violação das leis anticorrupção.

Bernie Sanders, Elizabeth Warren e Ron Wyden alertaram em maio a presidente da Paramount, Shari Redstone, que a empresa "poderia envolver-se em práticas reprováveis com o governo Trump em troca da aprovação da sua fusão com a Skydance Media".

A Paramount e a Skydance tinham anunciado em 2024 a fusão para procurarem rivalizar com os principais operadores da transmissão em contínuo.

Segundo meios dos EUA, o estúdio Paramount desejava regular o seu diferendo com Trump antes que a autoridade das telecomunicações (FCC, na sigla em Inglês), controlada pelos republicanos, se pronunciasse sobre o projeto de fusão com a Skydance.

O prazo para uma decisão final pela FCC em relação ao negócio está previsto para 07 de julho, e se o acordo não estiver finalizado até a data, a Paramount pode optar por uma segunda extensão de 90 dias.

Leia Também: "Sucesso". Elon Musk elogia Trump após acordo de cessar-fogo em Gaza

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