"O direito do povo a protestar pacificamente deve ser respeitado e protegido, mas os distúrbios e os atos de vandalismo como o assalto desta noite (sexta-feira) em Tobruk são totalmente inaceitáveis", declarou a representante da ONU após uma noite de protestos em toda a Líbia.
As manifestações percorreram na sexta-feira o país, tanto em áreas afetas ao Governo de Unidade Nacional (GUN), de Tripoli, como ao executivo paralelo, apoiado pelo parlamento de Tobruk, no leste do país e controlado pelo marechal Jalifa Haftar.
Na quinta-feira, Williams, que mediou em Genebra conversações entre os presidentes de instituições rivais que apoiam um e outro governo, anunciou o fracasso para fechar um acordo e realizar eleições no país.
Jovens com coletes amarelos protestaram na sexta-feira na capital, Tripoli, e também se registaram manifestações em Bengazi, Sirte, Sheba e Zawiya.
O protesto mais agitado registou-se em Tobruk, quando os manifestantes derrubaram a porta e irromperam na sede do parlamento.
"É absolutamente vital que se mantenha a calma, que se demonstre uma liderança líbia responsável e que todos tenham moderação", pediu hoje a enviada especial da ONU.
O parlamento de Tobruk designou em fevereiro Fathi Bashaga como primeiro-ministro paralelo a Abdulhamid Dbeiba, do Governo de Unidade Nacional, com sede em Tripoli.
As eleições previstas para 24 de dezembro foram suspensas sem nova data prevista.
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