A companhia vai passar a oferecer dois voos semanais entre aquela ilha e a capital portuguesa, com ligação de Lisboa para São Vicente às segundas e quintas-feiras e no sentido inverso às terças e sextas-feiras.
"Esta expansão visa atender à crescente procura por viagens entre Cabo Verde e Portugal, além de reforçar a promoção" do arquipélago e "da ilha de São Vicente, em específico, como um destino turístico de destaque no mercado português", justificou.
A companhia informou esta semana a Lusa de que está a preparar uma estratégia face ao reforço de voos de baixo custo a ligar o arquipélago e a Europa, a partir de outubro.
"Estamos cientes de que, a partir do final de outubro, com o início dos voos da Easyjet para a Praia e Mindelo, teremos de definir uma estratégia para enfrentar essa nova concorrência", indicou.
Lisboa é um dos destinos internacionais da TACV, com a marca Cabo Verde Airlines, a par do Porto, Paris (França) e Bergamo (Itália).
O Fundo Monetário Internacional (FMI) referiu no último relatório sobre o país que "a entrada de uma companhia aérea internacional de baixo custo no mercado poderá significar um fator de concorrência nos voos internacionais" e, por sua vez, "uma oportunidade para [o Estado] reconsiderar a utilização das finanças públicas".
A recomendação está alinhada com uma preocupação para reduzir os riscos do setor empresarial do Estado e acompanha a opinião de outros parceiros e empresários que têm defendido uma reorientação de recursos para melhorar os voos domésticos.
O Governo tem respondido que tem "receio" de se tornar excessivamente dependente de operadores de baixo custo para ligações ao exterior e à diáspora, como se lê numa resposta anexada ao mesmo relatório, que também promete uma aposta nas ligações internas, com melhorias em curso desde 2024.
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