Detido cofundador de 'site' indiano crítico do primeiro-ministro indiano

A polícia indiana deteve na segunda-feira o cofundador de um 'site' de verificação de factos, crítico do governo do primeiro-ministro, Narendra Modi, afirmou o outro responsável pela gestão da página na internet.

primeiro-ministro, Narendra Modi, índia

© Reuters

Lusa
28/06/2022 06:32 ‧ 28/06/2022 por Lusa

Mundo

Mohammed Zubair

Mohammed Zubair foi detido em Nova Deli depois de ter sido chamado para interrogatório relativo a um outro caso, disse Pratik Sinha, que também gere o 'site' Alt-News.

Sinha afirmou na rede social Twitter que Zubair tinha sido ilegalmente detido pela polícia, em Nova Deli.

Zubair é um dos críticos mais declarados do Partido Bharatiya Janata (BJP, na sigla em inglês), nacionalista hindu, do Governo de Modi e tem denunciado frequentemente o discurso de ódio dos grupos hindus na internet.

Ao longo dos anos tem sido alvo de vários processos em tribunal, que os apoiantes descrevem como tentativas politicamente motivadas para o silenciar.

Alguns meios de comunicação locais associaram a detenção à recente controvérsia sobre comentários inflamados relativos ao profeta Maomé por um porta-voz do BJP, que provocou protestos e indignação no mundo muçulmano.

Muitos nacionalistas hindus chamaram a atenção nas últimas semanas para comentários passados de Zubair e de outros críticos de Modi nas redes sociais e exigiram que fosse alvo de um processo por atentar contra as suas crenças religiosas.

A maioria dos críticos governamentais, contudo, analisa a detenção de Zubair como parte de uma repressão da liberdade de expressão e dos ativistas na Índia, desde que Narendra Modi chegou ao poder em maio de 2014.

A polícia deteve no sábado a ativista Teesta Setalvad, oriunda do estado de Gujarat, do qual é também natural o primeiro-ministro. Setavald tem feito campanha para que Modi seja declarado cúmplice de tumultos mortais ocorridos há 20 anos.

Vários protestos foram realizados em cidades indianas na segunda-feira, com ativistas e organizações de defesa da liberdade de expressão a exigirem a libertação da ativista.

Leia Também: Índia considera "infeliz" relatório dos EUA sobre liberdade religiosa

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