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EUA e Irão vão retomar negociações sobre o dossier nuclear

Os EUA e o Irão anunciaram, esta segunda-feira, que vão retomar esta semana as suas negociações indiretas, no Qatar, sobre o dossier nuclear, depois de vários meses de bloqueio.

EUA e Irão vão retomar negociações sobre o dossier nuclear
Notícias ao Minuto

23:56 - 27/06/22 por Lusa

Mundo energia nuclear

A agência noticiosa iraniana Tasnim, citando uma fonte anónima do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), divulgou que o principal negociador iraniano sobre o nuclear, Ali Bagheri, iria deslocar-se ao Qatar na terça-feira, para "negociações sobre o levantamento das sanções".

Em Washington, um porta-voz do Departamento de Estado confirmou que as negociações iria desenrolar-se esta semana na capital do Qatar, Doha.

O porta-voz do MNE iraniano, Said Khatibzadeh, indicou que estas negociações iriam decorrer "nos próximos dias, esta semana". Acrescentou que "não iriam tratar a dimensão nuclear, mas divergências sobre a questão do levantamento das sanções" aplicadas pelos EUA, que atingem duramente o país, também a braços com uma inflação galopante.

Durante uma deslocação a Teerão, no sábado, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, tinha feito um anúncio similar, ao declarar que estas negociações seriam diferentes das promovidas pela União Europeia, em Viena, entre o Irão e as grandes potências.

Khatibzadeh exprimiu o desejo de "resultados positivos" nas negociações.

"Se Washington trouxer respostas, podemos fazer o trabalho rapidamente. (...) A bola está no seu campo", disse,

Em 2018, os EUA, durante o tempo de Donald Trump na Casa Branca, retiraram-se do acordo sobre o nuclear e impuseram sanções severas a Teerão. Em consequência, o Irão descomprometeu-se com os objetivos do acordo e tem sido acusado de querer obter uma arma nuclear, o que tem desmentido.

Depois da eleição de Joe Biden para a Presidência, Washington afirmou querer regressar ao acordo.

As negociações para relançar o acordo sobre o nuclear começaram em Viena em abril de 2021, mas foram interrompidas em março, devido a divergências entre iranianos e norte-americanos, com aqueles a exigiram garantias de eu os EUA não voltam a retirar-se do acordo.

O Irão também tinha apresentado a pretensão de os Guardas da Revolução deixarem de ser considerados uma organização terroristas por Washington, que respondeu que esta solicitação não estava no quadro das negociações sobre o nuclear.

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