Coreia do Norte disparou segundo míssil balístico, o 17.º em 2021
O Estado-Maior Conjunto sul-coreano revelou hoje que a Coreia do Norte disparou um segundo míssil balístico, após um primeiro lançamento em direção a águas costeiras norte-coreanas no leste.
© Reuters
Mundo Coreia do Norte
Com os dois novos disparos de mísseis, ascendem a 17 os lançamentos da Coreia do Norte desde o início do ano, que incluíram em março um teste de um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês), o primeiro do género desde 2017.
O lançamento, de que as forças sul-coreanas não deram mais detalhes, foi revelado poucas horas depois de o Presidente norte-americano, Joe Biden, concluir o seu primeiro périplo pela Ásia, que incluiu a Coreia do Sul.
De acordo com uma declaração conjunta emitida após uma cimeira em Seul entre o Presidente dos EUA e o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, os dois países irão reforçar os exercícios militares conjuntos para enfrentar a ameaça da Coreia do Norte.
"À luz da evolução da ameaça colocada pela República Popular Democrática da Coreia (RPDC), os dois líderes concordam em iniciar discussões para expandir o âmbito e a escala dos exercícios e treinos militares conjuntos na Península Coreana e à volta desta", refere a declaração.
Em Seoul, Biden afirmou que só concordará com uma eventual reunião com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, se este for "sincero e sério" na reabertura do diálogo sobre desnuclearização.
O Presidente dos EUA afirmou também que Washington "ofereceu vacinas" à Coreia do Norte face à onda de infeções de covid-19 que o regime começou a relatar na semana passada, embora por enquanto ainda "não tenha havido resposta" de Pyongyang.
As autoridades norte-americanas e sul-coreanas já haviam alertado para a elevada probabilidade de um lançamento de mísseis norte-coreanos durante a visita de Biden.
"Estamos preparados para tudo o que a Coreia do Norte pode fazer", assegurou Biden em Seul afirmando não estar inquieto, face a um eventual ensaio nuclear.
As imagens de satélite indicavam que a Coreia do Norte se prepara para realizar um teste nuclear, e os Estados Unidos e a Coreia do Sul têm vindo a avisar há semanas que isso pode acontecer a qualquer momento.
"Os nosso serviços de informação refletem a possibilidade real" de testes de mísseis com capacidade nuclear ou um teste de armas nucleares durante a visita de Biden, disse o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, na semana passada, em vésperas da partida de Biden para a Ásia.
Citando dados dos serviços de informações deputado sul-coreano Ha Tae-keung disse também na altura que os preparativos para um ensaio nuclear estavam "completos" e que o país estava "apenas à procura do momento certo" para o realizar.
A Coreia do Norte, que tem permanecido fechada ao mundo exterior desde o início da pandemia e inclusive recusado a ajuda de Seul após o aparecimento do primeiro caso de covid-19 no território na semana passada, ignorou todos os apelos da Coreia do Sul e dos EUA para retomar o diálogo, interrompido desde 2019.
No ano passado, o regime aprovou um plano de modernização de armamento, o que explica o número recorde de lançamentos de mísseis pelos militares norte-coreanos -- 16 nas 21 semanas de 2022 até agora decorridas -, bem como o primeiro teste nuclear realizado desde 2017 pelo regime de Pyongyang no local de testes de Punggye-ri.
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