Draghi pede cessar-fogo e diz que "paz sem a Ucrânia não seria aceitável"
Para o primeiro-ministro italiano, “um cessar-fogo deve ser alcançado o mais depressa possível”, de forma a ser possível avançar com as negociações de paz.
© Alessia Pierdomenico/Bloomberg via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
O primeiro-ministro de Itália, Mario Draghi, apelou esta quinta-feira a um “cessar-fogo” urgente na Ucrânia, sublinhando que o “custo da invasão russa em termos de vidas humanas é terrível”.
“A guerra na Ucrânia chegou ao seu 85º dia, a esperança do exército russo de conquistar grandes áreas em pouco tempo encontrou a resistência convicta do povo ucraniano. A Federação Russa retirou-se de grandes áreas do país. Os russos avançam muito mais devagar do que o esperado”, começou por afirmar o governante, durante um debate sobre a ajuda de Itália à Ucrânia, no parlamento italiano, citado pelo jornal La Repubblica.
Para Mario Draghi, “um cessar-fogo deve ser alcançado o mais depressa possível”, de forma a ser possível avançar com as negociações de paz. “A Itália trabalhará com os parceiros e aliados europeus para todas as possibilidades de mediação, mas será a Ucrânia e não outros que decidirão qual paz aceitar, uma paz sem a Ucrânia não seria aceitável”, destacou.
O governante italiano sublinhou ainda que “o custo da invasão russa em termos de vidas humanas é terrível” e revelou que “Itália ofereceu apoio para investigar crimes de guerra”.
Assinala-se, esta quinta-feira, o 85.º dia da invasão russa da Ucrânia. Segundo os mais recentes dados confirmados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta que o número real pode ser muito superior, mais de três mil civis morreram e outros quatro mil ficaram feridos desde o início da invasão.
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