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Alemanha registou mais crimes politicamente motivados em 2021

O número de crimes politicamente motivados na Alemanha aumentou 23% em 2021, em comparação com o ano anterior, afirmou o principal oficial de segurança alemão.

Alemanha registou mais crimes politicamente motivados em 2021
Notícias ao Minuto

13:27 - 10/05/22 por Lusa

Mundo Alemanha

Este aumento inclui uma subida acentuada de crimes que não podem ser diretamente associados às tradicionais categorias de ilícitos motivados por ideologias de direita ou de esquerda, disse a ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser.

Segundo a ministra, uma proporção significativa destas ofensas "mais diversas e difusas" foram cometidas em resposta às restrições aplicadas para o controle da pandemia do coronavírus e às eleições para o parlamento alemão de 2021.

No total, a Alemanha identificou 55,048 crimes politicamente motivados no ano passado, o valor mais alto desde que as agências públicas começaram a registar estes dados em 2001, afirmou a Nancy Faeser.

"Devemos proteger a nossa democracia com todas as nossas forças", disse Faeser, que acrescentou: "O crime politicamente motivado é um indicador da intensidade dos conflitos sociais".

O número de ofensas de motivação política incluiu 3.889 crimes violentos, mais 16% do que em 2020. Faeser admitiu ainda que 41% das vítimas deste tipo de crimes foram atacadas por extremistas de direita, mas também por extremistas de influência islamista e de esquerda.

"É uma vergonha para o nosso país a quantidade de agitação antissemita e o desprezo pela humanidade que ainda hoje se espalha", disse Faeser.

"Estamos conscientes da nossa responsabilidade de lutar contra o antissemitismo com todas as nossas forças e de proteger os judeus", reafirmou a ministra.

O número de crimes atribuído a ideologias de extrema-esquerda caiu cerca de 8%, para 10.113 ofensas.

Holger Muench, presidente da Polícia Federal Criminal, disse que o valor total dos crimes politicamente motivados na Alemanha duplicou nos últimos dez anos.

O fenómeno reflete "tendências para a polarização e a radicalização em partes da população, que representam um desafio considerável à coexistência social, ao Estado de Direito e à própria democracia", afirmou.

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