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Peter Hultqvist. Adesão à NATO reforçaria capacidade de defesa nórdica

O ministro da Defesa sueco, Peter Hultqvist, admitiu hoje que uma adesão da Suécia e da Finlândia à NATO, em debate nos dois países, iria reforçar a capacidade de defesa nórdica.

Peter Hultqvist. Adesão à NATO reforçaria capacidade de defesa nórdica
Notícias ao Minuto

10:32 - 10/05/22 por Lusa

Mundo Peter Hultqvist

"Claro que significaria uma profundidade estratégica muito diferente, um sinal muito forte na política de segurança e uma plataforma forte para a cooperação nórdica de defesa no quadro da NATO", disse Hultqvist, numa entrevista à emissora pública Rádio Sweden, citada pela agência espanhola EFE.

Responsável pela Defesa no Governo sueco desde 2014, Hultqvist sempre se manifestou contra a adesão do país à NATO, mas isso não o impediu de aprofundar a cooperação com a Aliança Atlântica.

"Há um antes e um depois de 24 de fevereiro", disse Hultqvist, referindo-se à data do início da invasão russa da Ucrânia, embora se tenha recusado a revelar a sua posição sobre a NATO.

A guerra na Ucrânia significou que, em apenas dois meses, Suécia e Finlândia passaram a considerar a adesão à Organização do Tratado Atlântico Norte (NATO), o que significaria o abandono da sua política de não-alinhamento.

Se forem membros da NATO, poderão beneficiar do artigo 5.º do tratado, segundo o qual uma agressão armada contra um dos Estados-membros será considerada como um ataque contra a organização.

A Ucrânia não beneficiou de uma intervenção direta da NATO na guerra contra a Rússia por não integrar a Aliança Atlântica e por a organização considerar que a sua participação poderia desencadear uma guerra total.

A Rússia partilha uma fronteira de 1.340 quilómetros de extensão com a Finlândia e uma fronteira marítima com a Suécia.

O Partido Social Democrata sueco, à frente de um Governo minoritário, vai anunciar a sua posição no domingo, e tudo indica que será a favor da adesão à NATO, ao contrário da sua linha tradicional e de uma decisão do seu congresso adotada em novembro passado.

Se a alteração da posição dos sociais-democratas se confirmar, os que são a favor da adesão teriam uma clara maioria no parlamento sueco, o que abriria o caminho para a apresentação de uma candidatura.

O ministro da Defesa da Suécia disse que um cenário de adesão reduziria também os riscos no Báltico e na ilha sueca de Gotland.

Hultqvist disse também que permanecer fora da Aliança exige um orçamento de defesa superior para a Suécia.

Nos últimos dias, os meios de comunicação social suecos noticiaram que uma decisão sobre a NATO poderá estar pronta antes da visita oficial do Presidente finlandês, Sauli Niinistö, a Estocolmo, em 17 e 18 de maio.

A guerra na Ucrânia provocou um número por determinar de mortos, civis e militares, e mais de 5,6 milhões de refugiados, na pior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: Rússia, Ucrânia e NATO. "Nenhuma está interessada na paz"

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