Serviços secretos detetaram interferências nas eleições de 2021 no Canadá
As eleições gerais realizadas no Canadá, em 2021, foram ameaçadas por grupos extremistas, que planearam atos violentos, e também por tentativas de interferência por parte de outros países, revelaram esta sexta-feira os serviços secretos canadianos.
© Twitter/HUMBOLDT BRONCOS
Mundo Canadá
O relatório anual divulgado esta sexta-feira pelos serviços secretos canadianos (CSIS) indicou que os serviços de inteligência informaram o governo sobre extremistas violentos, com motivações ideológicas, que viram as eleições como uma oportunidade para planear atos de violência.
O CSIS considera a ameaça representada por estes extremistas como "complexa e em constante evolução".
Desde 2014, o CSIS identificou sete ataques em solo canadiano por extremistas violentos, ideologicamente motivados, que mataram 26 pessoas e feriram outras 40, mais do que qualquer outra forma de extremismo.
Além disso, três outros ataques planeados foram evitados, refere ainda o relatório.
As principais ameaças à segurança nacional canadiana são interferência estrangeira, espionagem, atividades cibernéticas maliciosas e extremismo violento.
Em relação à interferência estrangeira, em 2019, o Canadá criou uma 'task force' composta pelo CSIS, agências de aplicação da lei e outras agências de inteligência para responder à ameaça que outros países representam aos processos eleitorais do país.
Em 2021, o grupo informou pela primeira vez o governo canadiano como um todo sobre as ameaças que a interferência estrangeira por atores estatais representava nas eleições gerais daquele ano.
Em relação aos países dedicados às atividades de espionagem, o relatório destaca a China, que além dos métodos tradicionais utiliza pessoas sem formação específica para realizar trabalho de inteligência, assim como a Rússia e o Irão.
Além disso, durante a pandemia, o país sofreu com atividades persistentes e sofisticadas, patrocinadas pelo Estado, que ameaçavam empresas e indivíduos.
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