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Conflito entre gangues no Haiti faz 75 mortos

A ONU cifrou hoje em 75 o número de civis mortos nas duas últimas semanas no conflito entre gangues na capital do Haiti, Port-au-Prince, quase o dobro dos oficialmente reportados.

Conflito entre gangues no Haiti faz 75 mortos
Notícias ao Minuto

19:25 - 06/05/22 por Lusa

Mundo Haiti

Segundo várias fontes, pelo menos 75 pessoas, entre as quais mulheres e crianças, morreram e mais 68 ficaram feridas até agora, de acordo com um comunicado da ONU, que se declarou "profundamente preocupada com a rápida degradação da situação de segurança e direitos humanos" na área metropolitana da capital haitiana.

Instituições locais e parceiros humanitários estimam que pelo menos 9.000 pessoas se viram obrigadas a fugir de suas casas, algumas das quais foram incendiadas, e refugiar-se em lugares provisórios, acrescentou a ONU no comunicado.

A organização também denunciou que dezenas de escolas e centros médicos tiveram de encerrar por causa da violência.

Um boletim divulgado na quinta-feira pela Proteção Civil estimou em 39 o número de vítimas mortais nas últimas duas semanas, além de oito desaparecidos e 68 feridos devido aos confrontos pelo controlo do território travados entre os gangues 400 Mawozo e Chen Mechan, que se iniciaram a 24 de abril.

O conflito começou no bairro de Croix-des-Bouquets e, nos últimos dias, alastrou aos de Cité Soleil, Bajo Delmas e Martissant, de norte a sul da capital.

Os gangues agem com extrema violência nos seus confrontos com membros de gangues rivais e, segundo os relatórios policiais, também utilizam atos de violência sexual, incluindo violação em grupo de crianças, para aterrorizar e intimidar as populações locais que vivem em áreas controladas, referiu a ONU no comunicado.

Além disso, há relatos alarmantes de que as crianças foram recrutadas por gangues e muitas delas foram executadas.

Na sua nota de imprensa, a ONU apelou às autoridades haitianas para continuarem os seus esforços na luta contra os gangues armados, para que a ordem pública seja restaurada o mais rapidamente possível, com respeito dos direitos humanos, e pediu-lhes que levem os responsáveis por esta violência à justiça.

Desde junho de 2021, a violência dos gangues armados obrigou milhares de pessoas a abandonar as suas casas na zona metropolitana de Port-au-Prince.

Segundo os mais recentes dados da ONU, cerca de 16.500 pessoas permanecem fora de suas casas devido à violência desencadeada em 2021 nos bairros de Bajo Delmas, Martissant e no centro da capital haitiana.

Alguns gangues controlam bairros importantes da área metropolitana da capital, entre os quais Martissant, no acesso a Port-au-Prince, o que contribuiu para isolar a cidade do sudoeste do país.

Os grupos têm proliferado em parte aproveitando o caos gerado pelo assassínio do Presidente da República, Jovenel Moïse, cometido em julho do ano passado.

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