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Migrações. OIM resgatou 25 migrantes abandonados no deserto do Níger
Vinte e cinco migrantes nigerianos, incluindo mulheres e crianças, abandonados pelo motorista da viatura em que seguiam, foram resgatados na semana passada no meio do deserto no norte do Níger, anunciou hoje a Organização Internacional para as Migrações (OIM).
© Shutterstock
Mundo Níger
Os migrantes foram resgatados "no último fim de semana, no deserto do Saara, por (equipas da) OIM e da Direção de Proteção Civil do Níger", sublinha a agência da ONU em publicação na rede social Facebook.
Os sobreviventes, cujo destino não é especificado pela OIM, "ficaram três dias sem comida e água" antes de serem encontrados, especifica a agência da ONU.
As operações de resgate de migrantes são frequentes no deserto do Níger, principalmente em áreas próximas da fronteira com a Líbia.
Muitos migrantes da África Ocidental tentam passar por este país para chegar às costas do Mediterrâneo e assim entrar na Europa.
Os migrantes reúnem-se habitualmente em Agadez, uma grande cidade no norte do Níger, onde existem redes de contrabandistas e espaços fechados nos quais são acomodados antes da travessia do deserto.
Segundo as autoridades de Agadez, é comum que os veículos que transportam migrantes avariem no deserto ou que os contrabandistas se percam, abandonem os seus passageiros por medo de postos de controlo ou patrulhas militares.
Alguns migrantes morrem de desidratação.
Em abril de 2020, em plena pandemia de covid-19, mais de 250 migrantes da África Ocidental foram encontrados perto de Madama, na fronteira do Níger com a Líbia, abandonados pelos contrabandistas, segundo a OIM.
No entanto, para desencorajar os contrabandistas, Niamey votou em 2015 uma lei que criminaliza o tráfico humano e que é punível com penas de até 30 anos de prisão.
Mas, apesar dessa medida, os migrantes tomam "rotas novas e mais perigosas" para entrar na Líbia, segundo uma fonte de segurança.
Várias organizações não-governamentais e agências da ONU denunciam regularmente as condições deploráveis nos centros de detenção na Líbia.
Leia Também: EUA dão 9,5 milhões para combater subnutrição na Nigéria
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