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Independente Andrej Kiska vence eleições na Eslováquia

O milionário independente Andrej Kiska venceu no sábado as eleições presidenciais na Eslováquia, ao obter 59,4% dos votos, derrotando o primeiro-ministro, o social-democrata Robert Fico.

Independente Andrej Kiska vence eleições na Eslováquia
Notícias ao Minuto

06:44 - 30/03/14 por Lusa

Mundo Milionário

"Devolverei a confiança ao cargo presidencial", afirmou Kiska na sua primeira intervenção após conhecer os resultados, citado pela agência espanhola Efe.

O Presidente eleito na segunda volta, de 51 anos e sem grande experiência política, disse que cumprirá a promessa de "humanizar a política" e que será "presidente de todos os eslovacos, o que os unirá e motivará".

O empresário Andrej Kiska, pró-europeu (tal como o adversário) e sem experiência política, torna-se no primeiro Presidente eslovaco sem passado como membro do Partido Comunista desde a "separação de veludo" da República Checa e a independência.

A participação no sufrágio foi de pouco mais de 50%.

Entretanto, Robert Fico, de 49 anos, que alcançou cerca de 40% dos votos, reconheceu a derrota e felicitou o novo Presidente, afirmando que irá "analisar o que se passou" nos próximos dias.

Uma vitória de Fico teria permitido ao seu partido Smer-SD o controlo da presidência, do parlamento (83 dos 150 lugares desde 2012) e do Governo, uma situação inédita desde a independência da Eslováquia, em 1993.

Pouco antes da segunda volta, a campanha eleitoral tinha-se centrado no tema da religião, uma questão sensível num país de 5,4 milhões de habitantes onde 60% se declaram católicos.

Militante do Partido Comunista antes da queda do regime checoslovaco em 1989, Fico evocou a sua infância numa família católica e não hesitou em acusar o seu rival de estar próximo dos cientologistas.

Kiska rejeitou as acusações, assegurou que esteve "próximo do judaísmo e do budismo", mas regressou "ao catolicismo".

O independente filantropo tentou promover uma imagem de benemérito profissional que nunca foi atingido por escândalos políticos, tentando afirmar-se como um "contrapeso" a um poder monopolizado por Fico num país membro da UE desde 2004 e da zona euro desde 2009.

O novo chefe de Estado prestará juramento em 15 de junho, após o fim do segundo mandato do atual Presidente Ivan Gasparovic.

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