Gráfica timorense começa a imprimir boletins de voto para presidenciais

A gráfica nacional timorense começou hoje o processo de impressão de cerca de 945 mil boletins de voto que vão ser usados para as eleições presidenciais de 19 de março, as mais concorridas de sempre.

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Lusa
25/02/2022 10:10 ‧ 25/02/2022 por Lusa

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Timor

"A impressão é rápida e antecipamos que em três dias acabamos a impressão. Mas na numeração e verificação vai demorar mais algum tempo", disse à Lusa Jaime Correia, presidente da Imprensa Nacional.

"Os boletins vão ser numerados e depois verificados um a um para garantir que não há qualquer problema. Se houve será feita a reimpressão desses boletins", afirmou, explicando que só depois disso começará a encadernação, em livros de 50 boletins de voto cada.

Responsáveis dos órgãos eleitorais, representantes das 16 candidaturas e jornalistas acompanharam hoje o início do processo de impressão, com os primeiros testes às chapas a utilizar e à comprovação das cores.

"A lei determina que devem ser impressos o mesmo número de boletins de votos que eleitores, mais 10%. Com cerca de 859 mil eleitores, implica que vamos imprimir cerca de 945 mil boletins", explicou à Lusa Acilino Manuel Branco, diretor-geral do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).

O responsável disse que "o processo completo de produção demora até 14 dias", inclui o processo de impressão, verificação e empacotamento antes da gráfica entregar ao STAE os boletins, que serão depois distribuídos pelos centros de votação em todo o país e no estrangeiro.

Alguns materiais já começaram a ser transportados para os municípios, mas o material considerado "sensível", incluindo boletins de votos, urnas e tinta indelével que marcam os dedos de quem votou, será distribuído a 11 de março.

José Belo, presidente da Comissão Nacional de Eleições, explicou à Lusa que o nome, símbolo e imagem de cada um dos candidatos foram decididos pelas candidaturas, com um representante de cada uma a assinar um exemplar do boletim.

"Tivemos uma reunião com debate forte e dinâmico, alguns quiseram trocar os nomes e símbolos e assim podemos garantir um boletim com que todos concordam", disse Belo, explicando que no sábado os candidatos ou seus representantes voltam a reunir-se para fechar o calendário de campanha.

Isabel Ferreira, número um no boletim de voto, é a única sem símbolo, com seis candidatos a escolherem uma versão mais curta do nome ou uma alcunha: Cikiliras Aihai, Ângela Freitas, Milena Pires, Antero Benedito, Tony Duarte e Assanami.

Rogério Lobato escolheu um galo como símbolo e outros candidatos escolheram símbolos da sua campanha, com Constâncio Pinto a aparecer numa foto com o proclamador da independência unilateral de Timor-Leste, Xavier do Amaral, e o ex-presidente José Ramos-Horta a aparecer numa foto com Xanana Gusmão, presidente do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor, partido que apoia a sua candidatura.

O boletim inclui três símbolos partidários, o do Partido Democrático da República Timor-Leste, na candidatura de Anacleto Bento Ferreira, o da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente, na do atual chefe de Estado, Francisco Guterres Lú-Olo, e o do Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO), ao lado da foto de Armanda Berta dos Santos.

A campanha eleitoral começa a 02 de março e a primeira volta das presidenciais está marcada para 19 de março.

Leia Também: Timor-Leste. Independência só faz sentido se povo tiver "dignidade"

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