"Ajude a reviver o processo de paz há muito paralisado e preserve a solução de dois Estados, reconhecendo o Estado palestiniano", pediu Mohamed Shtayeh, ao receber na quinta-feira a ministra Annalena Baerbock, em Ramallah, na Cisjordânia ocupada.
Sthayeh culpou "as autoridades de ocupação israelitas" pela deterioração política e económica em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, e pediu à Alemanha que "pressione Israel a respeitar todos os acordos assinados para que o processo de paz possa voltar ao seu caminho".
"Para que o processo de paz seja bem-sucedido, é essencial estabelecer termos de referência claros e acordados, adotar medidas de construção de confiança e ter um mediador de paz honesto e um prazo claro e acordado", afirmou o líder palestiniano à agência de notícias Wafa.
Annalena Baerbock também se reuniu na quinta-feira com o chefe de Governo israelita, Naftali Benet, num encontro centrado no acordo nuclear iraniano que as potências internacionais, incluindo a Alemanha, estão a negociar em Viena, mas sem avanços há semanas.
Benet insistiu que retomar o pacto de 2015 com Teerão seria "um erro que colocaria em risco toda a região".
O atual primeiro-ministro de Israel, Naftali Benet, é um ex-líder dos colonos que se opõe ao Estado palestiniano e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Yair Lapid - que deve assumir o cargo de primeiro-ministro em 2023 sob um acordo de rotação - apoia uma eventual solução de dois estados.
Israel conquistou Jerusalém Oriental durante a Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, juntamente com a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
Posteriormente, anexou Jerusalém Oriental, uma decisão nunca reconhecida pela comunidade internacional.
Os palestinianos pretendem recuperar a Cisjordânia ocupada e Gaza e reivindicam Jerusalém Oriental como capital do Estado da Palestina.
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