O primeiro-ministro britânico cantou a famosa música de Gloria Gaynor 'I Will Survive' antes de discutir a sua nomeação este sábado, como resposta às dúvidas sobre se vai manter-se no cargo depois dos mais recentes escândalos políticos, de acordo com seu novo diretor de comunicação.

O novo diretor de comunicação, Guto Harri, confessou na sua primeira entrevista para o jornal online do país de Gales Golwg360, que o primeiro-ministro cantou uma versão da música, depois de ter perguntado ao governante se este iria sobreviver no cargo.

Guto Harri é um antigo jornalista da BBC que trabalhou para Boris Johnson quando este ainda era o presidente da câmara de Londres. Nesta entrevista, o novo membro do executivo disse ainda que o primeiro-ministro "não é um palhaço completo".

"Eu entrei e fiz uma saudação e disse 'primeiro-ministro, Guto Harri apresenta-se ao serviço' e ele levantou-se e começou a fazer também uma saudação", revelou Guto Harri sobre este primeiro encontro.

Depois de um momento inicial, confessou que estavam a rir e o novo funcionário do n.º 10 decidiu perguntar: "Acha que vai sobreviver Boris?". Como resposta, o líder "começou a cantar enquanto dizia 'I Will Survive'".

As reações a esta entrevista foram inúmeras nas redes sociais, destacando-se a da primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, que escreveu no Twitter: "Tantas pessoas a lutar com os impactos e traumas da Covid, ou preocupadas com os custos de vida em espiral… Isto não é engraçado - nas circunstâncias atuais, é ofensivo".

So many people still struggling with the impacts and trauma of Covid, or worrying about the spiraling costs of living…but for Boris & Co it’s all just a bit of a laugh.
This isn’t funny - in the current circumstances, it is offensive. https://t.co/dGi6Fvm4VX

— Nicola Sturgeon (@NicolaSturgeon) February 7, 2022

Já a médica de cuidados paliativos do serviço nacional de saúde inglês (NHS) Rachel Clarke destacou também, na mesma rede social, o número de pessoas que não sobreviveu à pandemia no Reino Unido.

Hilarious. Except for the 176k who didn’t. https://t.co/u956QtzZ4i

— Rachel Clarke (@doctor_oxford) February 7, 2022

Recorde-se que a situação de Boris Johnson está cada vez mais complicada, devido às mais recentes revelações relacionadas com os escândalos 'Partygate', que estão neste momento a ser investigados pelas autoridades, e que se referem a vários eventos que alegadamente desafiaram as regras do confinamento impostas no ano passado para conter a pandemia.

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