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Dezenas de mortos em ataque a campo de refugiados na RDCongo

Relatos variam entre 40 e 60 civis mortos. Órgão que monitoriza violência no local diz que foram usadas "armas afiadas".

Dezenas de mortos em ataque a campo de refugiados na RDCongo
Notícias ao Minuto

11:09 - 02/02/22 por Notícias ao Minuto

Mundo República Democrática do Congo

Um ataque por milícias armadas matou esta quarta-feira pelo menos 40 pessoas num campo de refugiados na República Democrática do Congo, no território de Djugu.

Segundo a Al Jazeera, o ataque ocorreu durante a madrugada. O campo fica localizado na província de Ituri, que tem estado sob cerco desde maio de 2021 pelo governo, como precaução contra os grupos armados na região que tentam roubar minerais em abundância no leste do país.

"Temos pelo menos 60 pessoas mortas com armas brancas nos abrigos", disse à Al Jazeera o diretor do campo de refugiados.

Já uma testemunha contou à agência Reuters que foram mortas pelo menos 60 civis. Já um dirigente de uma organização não-governamental na região disse à Al Jazeera que morreram 63 pessoas.

No Twitter, um órgão que monitoriza a violência na região, o Kivu Security Tracker (KST), disse que pelo "menos 40 pessoas foram mortas com armas afiadas".

Segundo o site do ACNUR, a agência da ONU para os refugiados, a República Democrática do Congo recebeu 536 mil refugiados até agosto de 2018 e há mais de 4,5 milhões deslocados no país.

Apesar de nenhum grupo ter-se assumido responsável pelo ataque, o diretor do campo disse que os guerrilheiros da CODECO (Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo) foram vistos no campo a matar pessoas com armas brancas.

A zona onde ocorreu o ataque, Djugu, é uma região a nordeste, próxima da fronteira com o Uganda, onde as comunidades agrícolas Lendu e Hema combatem deste 1972 no apelidado Conflito de Ituri. Dezenas de milhares de pessoas foram mortas em massacres dos dois lados do conflito.

No final do ano passado, durante um período de oito dias entre novembro e dezembro, foram mortas 123 pessoas em ataques a campos de refugiados.

A CODECO diz defender os interesses dos Lendu e retomou a violência em 2017, depois de um período de paz graças à entrada em cena da Artemis, a missão de paz da União Europeia, entre 1999 e 2003.

[Notícia atualizada às 12h54]

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