"Houve cinco mortes no colapso de uma das minas, onde a exploração ilegal foi proibida em novembro depois de outro incidente fatal", anunciou Adamou Guéraou, presidente da câmara de Dan-Issa, a localidade onde ocorreu a tragédia, em declarações à agência France-Presse.
Descobertas em agosto de 2021, as minas Garin-Liman naquele município atraíram milhares de mineiros de ouro clandestinos, incluindo muitos nigerianos.
Em novembro de 2021, na sequência da morte de 18 pessoas num desmoronamento, o Governo nigerino proibiu todas as atividades no local, que desde então foi colocado sob vigilância policial.
"Apesar do encerramento e das medidas de segurança, os mineiros de ouro regressaram em grande número ao local para escavar, mesmo à noite", justificou o presidente da câmara.
O Níger, um país pobre na região do Sahel, tem dezenas de locais de prospeção e extração clandestinas de ouro, descobertos nos últimos 40 anos, nomeadamente na região ocidental de Tillabéri, agora palco de ataques terroristas, e no norte, junto à fronteira com a Líbia.
Os acidentes nestes locais são frequentes, devido à instabilidade do solo e aos meios rudimentares utilizados, de acordo com as autoridades.
O Governo do Níger fechou várias minas de ouro artesanais no deserto do sudoeste e nordeste do país em 2017, onde ainda subsistem dezenas de milhares de mineiros de ouro provenientes de vários países africanos, tendo como objetivo iniciar operações de exploração modernas.
O Níger tem apenas uma mina industrial desde 2004, em Samira, na região de Tillabéri.
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