Rússia disponível para discutir com UE, mas com presença dos EUA
A Rússia está disponível para discutir questões de segurança com a União Europeia (UE), mas apenas se os Estados Unidos da América (EUA) também estiverem presentes nas conversações, disse hoje o chefe da diplomacia russa.
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Mundo Rússia
Moscovo, 14 jan 2022 (Lusa) -- A Rússia está disponível para discutir questões de segurança com a União Europeia (UE), mas apenas se os Estados Unidos da América (EUA) também estiverem presentes nas conversações, disse hoje o chefe da diplomacia russa.
"Não estamos tão preocupados com quem está nas negociações ou se os EUA estão à frente das negociações, porque depende deles a forma como a política de segurança está a ser construída na Europa", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, numa conferência de imprensa em Moscovo.
Relativamente a um diálogo separado com a UE, como o que está a decorrer agora com os Estados Unidos e a NATO, Lavrov observou que Washington e a Aliança Atlântica devem ser questionados sobre se "permitirão que a UE atue de forma independente".
Lavrov disse ainda que a Rússia está interessada numa União Europeia independente.
O Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, assegurou, na quinta-feira, que a coordenação entre os Estados Unidos e a Europa nas negociações com a Rússia é "absolutamente perfeita".
"Tem sido dito que a Europa estava à margem, que a Europa não participou, que nem estava na mesa de negociações. Mas, com os Estados Unidos, durante estes dias, desenvolvemos uma coordenação extremamente elevada", disse Borrell.
Lavrov, quando questionado sobre a possibilidade de diálogo com Borrell, respondeu que já conversou com o Alto Representante da UE no ano passado e que está preparado para realizar reuniões "adicionais".
No entanto, o chefe da diplomacia russa acrescentou que, neste momento, não sabe em que formato a UE poderá participar nas conversações sobre garantias de segurança na Europa.
"A bola está agora no campo da UE. Não rompemos os laços", concluiu o chefe da diplomacia russa.
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