Abbas e Gantz abordaram "horizonte político" para solução do conflito
O presidente da Autoridade Palestiniana e o ministro da Defesa de Israel abordaram hoje "a importância de se criar um horizonte político que leve a uma solução" do conflito, durante a sua segunda reunião em quatro meses.
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Mundo Israel
A reunião entre o líder palestiniano, Mahmud Abbas, e o governante israelita, Beny Gantz, foi confirmada por um porta-voz do Ministério da Defesa de Israel e pelo ministro dos Assuntos Civis da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Hussein al-Sheikh.
Em 29 de agosto, o encontro entre os governantes tinha decorrido na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, mas esta terça-feira a reunião aconteceu na residência oficial de Gantz, na cidade israelita Rosh Haayin.
Este diálogo significa assim a primeira presença de Abbas em território israelita desde 2010, notícia a agência EFE.
"No encontro foi discutida a importância de ser criado um horizonte político que leve a uma solução política de acordo com as resoluções internacionais", salientou Hussein al-Sheikh através da rede social Twitter.
Abbas e Gantz abordaram ainda o aumento da violência na Cisjordânia ocupada, devido ao aumento dos ataques contra palestinianos por israelitas e, de forma mais ampla, discutiram "questões de segurança, economia e humanitárias", acrescentou.
Segundo o Ministério da Defesa de Israel, o encontro serviu para discutir "uma série de questões civis e de segurança" e Gantz comunicou ao líder palestiniano a "intenção em continuar a promover medidas que promovam a confiança nas áreas económicas e civis, conforme tinha sido determinado no encontro anterior".
O comunicado israelita salienta ainda que o ministro "destacou o interesse comum das partes em aprofundar a coordenação em matéria de segurança, manter a estabilidade regional e prevenir o terror e a violência".
Segundo a comunicação social israelita quer o ministro dos Assuntos Civis da Autoridade Palestiniana, Hussein al-Sheikh, quer o responsável pelos serviços de inteligência da ANP, Majed Farah, estiveram presentes na reunião que teve o aval do primeiro-ministro de Israel, Naftali Benet.
Desde agosto, quando decorreu o primeiro encontro de alto nível entre estas autoridades desde 2010, o Governo israelita anunciou várias "medidas de confiança" que incluíram um empréstimo de 155 milhões de dólares [cerca de 137 milhões de euros] para evitar o colapso da ANP e a vontade em fortalecer o governo palestiniano em Rammallah e enfraquecer o movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
Apesar dos encontros terem um alto valor simbólico e representante uma importante aproximação entre as partes, vários analistas indicam que ainda estão longe de levar à retoma das negociações de paz entre israelitas e palestinianos, paralisadas desde 2014.
Israel conquistou Jerusalém Oriental durante a Guerra israelo-árabe dos Seis Dias, em junho de 1967, juntamente com a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
Posteriormente anexou Jerusalém Oriental, uma decisão nunca reconhecida pela comunidade internacional.
Os palestinianos pretendem recuperar a Cisjordânia ocupada e Gaza e reivindicam Jerusalém Oriental como capital do futuro Estado da Palestina a que aspiram.
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