De acordo com a presidência russa, Putin "expressou a sua preocupação com as contínuas provocações do lado ucraniano com o objetivo de piorar a situação na linha da frente" durante uma conversa por telefone com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
Nas últimas semanas, os Estados Unidos, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e a União Europeia (UE) manifestaram repetidamente a sua preocupação com os movimentos das tropas russas junto à fronteira com a Ucrânia, temendo uma possível invasão, que a Rússia negou de forma veemente.
Por seu turno, Moscovo acusa o Ocidente de realizar exercícios ameaçadores nas suas fronteiras, em particular com bombardeiros estratégicos, e de piorar as coisas ao entregar armas a Kiev.
A Rússia anunciou hoje a sua intenção de fortalecer as suas forças armadas em resposta à "atividade crescente" da NATO nas suas fronteiras.
Moscovo denuncia regularmente o envio de tropas da NATO para as suas fronteiras e a ambição dos países que considera fazer parte da sua esfera de influência -- Ucrânia e Geórgia -- de aderirem à Aliança Atlântica.
O leste da Ucrânia tem sido atormentado desde 2014 por uma guerra contra separatistas pró-russos, que surgiu logo após a anexação da Crimeia por Moscovo e, desde então, custou mais de 13 mil vidas.
Apesar de negar, o Kremlin é visto como principal apoiante dos separatistas pró-russos e acusado de lhes facultar militares e armamento.
Leia Também: Polónia alerta para perigo crescente vindo da Rússia