Um elefante bebé da ilha de Sumatra, na Indonésia, viu metade da sua tromba ser amputada depois de ter sido apanhado no que as autoridades disseram ser, esta segunda-feira, uma armadilha armada por caçadores ilegais que atacam espécies em vias de extinção.
A fêmea de 1 ano está entre os últimos elefantes selvagens de Sumatra. Foi encontrada muito fraca com uma armadilha ainda presa à tromba quase cortada, no domingo, em Alue Meuraksa, uma vila florestal no distrito de Aceh Jaya, explicou Agus Arianto, chefe da agência de conservação da província.
“Obviamente, o objetivo era caçar animais em vias de extinção para ganhar dinheiro”, disse Arianto em comunicado, citado pela Associated Press. “Cooperaremos com as autoridades para uma investigação", acrescentou.
A cria de elefante foi aparentemente deixada para trás pela manada devido à sua condição deteriorada depois de ter sido apanhado na armadilha.
Foi necessário amputar metade da sua tromba para garantir que lhe salvavam a vida. Os conservacionistas dizem que a pandemia levou ao aumento da caça furtiva em Sumatra, à medida que os moradores se voltam para a atividade por razões económicas.
Em julho, um elefante foi encontrado sem cabeça numa plantação de palmeiras em East Aceh. A polícia prendeu um suspeito de caça furtiva juntamente com quatro pessoas acusadas de comprar marfim do animal morto. Podem ser condenados até cinco anos de prisão e pagar uma multa de 100 milhões de rúpias (cerca de 6 mil euros) caso sejam considerados culpados.
O número de elefantes de Sumatra que morreram como resultado de armadilhas e envenenamento chegou aos 25 nos últimos nove anos apenas no distrito de East Aceh. Os dados do Ministério de Meio Ambiente e Florestas da Indonésia mostraram que a população de elefantes de Sumatra diminuiu de 1.300 em 2014 para 693, uma queda de quase 50% nos últimos sete anos.
Os elefantes de Sumatra são uma subespécie do elefante asiático, uma das duas espécies do grande mamífero do mundo.
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