"Cerca de 2.500 soldados chegaram e foram posicionados em todo o vale de Caxemira", disse Abhiram Pankaj, porta-voz da Força Policial da Reserva Central, acrescentando que outras forças militares estão a caminho da região, havendo informações de que mais 5.000 paramilitares serão enviados ainda esta semana.
Pelo menos 500.000 soldados indianos estão estacionados há décadas em Caxemira -- uma região dividida entre a Índia e o Paquistão, em 1947, cuja posse é reivindicada por ambos os países.
Este território predominantemente muçulmano esteve na origem de duas das três guerras que desde então colocaram a Índia contra o Paquistão.
Desde o mês passado, registou-se no lado indiano o assassínio de uma dúzia de pessoas, em ataques que têm como alvo trabalhadores migrantes de estados do norte da Índia e membros de comunidades locais sikh e hindu.
As autoridades consideram que grupos rebeldes - que lutam desde 1989 pela independência de Caxemira ou pela sua integração no Paquistão - estejam por detrás desses ataques.
Algumas das vítimas mortais foram acusadas pela Frente de Resistência, um grupo rebelde local, de terem estado a soldo das forças de segurança.
Polícias e tropas paramilitares com equipamentos à prova de balas e armados com armas automáticas intensificaram as buscas nas ruas e algumas destas forças encontram-se em novos postos de controlo na cidade de Srinagar.
A tensão tem escalado na região desde agosto de 2019, quando Nova Deli retirou a semi-autonomia da sua área de controlo de Caxemira e a colocou sob autoridade direta.
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