Meteorologia

  • 08 MAIO 2024
Tempo
17º
MIN 17º MÁX 30º

Mais de 60 doentes operados em São Tomé por missão da associação BeAlive

Mais de 60 doentes foram operados nos últimos 15 dias em São Tomé e Príncipe ao abrigo de uma missão humanitária da associação BeAlive, constituída por médicos e enfermeiros especialistas, disse à Lusa um dos clínicos envolvidos.

Mais de 60 doentes operados em São Tomé por missão da associação BeAlive
Notícias ao Minuto

13:03 - 08/11/21 por Lusa

Mundo São Tomé

Mais de 60 doentes foram operados nos últimos 15 dias em São Tomé e Príncipe ao abrigo de uma missão humanitária da associação BeAlive, constituída por médicos e enfermeiros especialistas, disse à Lusa um dos clínicos envolvidos.

Segundo o anestesista Miguel Reis, nos 10 dias úteis que durou a missão, foram realizadas 70 cirurgias (alguns doentes foram sujeitos a mais do que uma intervenção), além de consultas e outros atos médicos.

"No cômputo geral, chegámos aos números a que nos propusemos", disse o médico, acrescentando que a equipa saiu "satisfeita" com o resultado da missão.

A missão, constituída por dois cirurgiões-gerais, dois ginecologistas-obstetras, dois anestesistas e uma intensivista, ocupou durante 10 a 12 horas por dia o bloco operatório do hospital Ayres de Menezes, em São Tomé.

Além de identificar os doentes que precisavam de ser tratados, o hospital disponibilizou enfermeiros locais, que acabaram também por receber alguma formação, e apoio nas análises clínicas e na esterilização do bloco.

Os médicos levaram de Portugal 20 caixotes de material médico e cirúrgico, 18 dos quais foram usados nas cirurgias ou doados ao hospital, tendo regressado apenas o material que é necessário ao trabalho dos clínicos, explicou ainda Miguel Reis.

Segundo o médico, uma das dificuldades da associação, criada em 2017, é o financiamento.

Para esta missão em São Tomé e Príncipe, a BeAlive recebeu alguns donativos particulares e algum material médico foi doado por empresas, mas os médicos pagaram as suas próprias viagens.

Outra dificuldade, admitiu, é a disponibilidade dos hospitais em Portugal para permitir a ausência dos clínicos durante as missões.

"Seria interessante se houvesse um mecanismo" que permitisse que os especialistas pudessem participar nestas missões sem usarem dias de férias e com menos questões burocráticas, afirmou.

Desde que iniciou atividade, em 2017, a BeAlive, que realiza "missões humanitárias de caráter médico-cirúrgico de forma voluntária e missionária nos mais carenciados países da lusofonia", realizou três missões, tendo efetuado 207 procedimentos cirúrgicos, mais de 900 consultas e realizado formações teóricas e teórico-práticas de profissionais locais.

A última, também em São Tomé e Príncipe, em 2019, permitiu a realização de 94 procedimentos cirúrgicos, mais de 300 consultas médicas no hospital Ayres de Menezes e de formações práticas e teórico-práticas junto de equipas locais.

Antes, a BeAlive realizou missões na Guiné-Bissau, em outubro de 2017 e em abril de 2018, e em 2020 parou devido à pandemia de covid-19.

Para 2022 - o objetivo por enquanto é fazer uma missão por ano - a associação gostaria de atuar em Timor-Leste, disse Miguel Reis, que assume a meta da organização de fazer duas missões por ano a médio prazo, com Cabo Verde e Angola no horizonte.

Leia Também: São Tomé e Príncipe já perdeu 4% do território para o mar

Recomendados para si

;
Campo obrigatório