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Irão avisa que rejeitará qualquer "exigência excessiva" do Ocidente

O Presidente iraniano, Ebrahim Raissi, alertou hoje que Teerão rejeitará qualquer "exigência excessiva" do Ocidente durante as negociações sobre o acordo nuclear, que devem ser retomadas no final de novembro após uma interrupção de cinco meses.

Irão avisa que rejeitará qualquer "exigência excessiva" do Ocidente
Notícias ao Minuto

13:50 - 04/11/21 por Lusa

Mundo Nuclear

"Não deixaremos a mesa de negociações, mas iremos opor-nos a exigências excessivas que possam prejudicar os interesses do povo iraniano", disse Raissi durante uma cerimónia em Semnan, a leste da capital iraniana, por ocasião do 42.º aniversário da invasão da embaixada dos Estados Unidos em Teerão, segundo um comunicado da Presidência iraniana.

Em 04 de novembro de 1979, sete meses após a proclamação da República Islâmica do Irão, estudantes islâmicos invadiram a embaixada norte-americana em Teerão, exigindo a extradição do antigo Xá Mohammed Reza Pahlavi, que estava nos Estados Unidos.

Durante 444 dias, 52 diplomatas e funcionários da embaixada norte-americana foram mantidos como reféns.

Desde então, as relações entre os dois países têm sido tensas.

Washington rompeu relações diplomáticas com Teerão e impôs um embargo comercial ao Irão em abril de 1980.

"Não recuaremos de forma alguma nos interesses do povo iraniano, continuaremos os esforços para neutralizar (os efeitos) das sanções opressivas e agiremos para o seu levantamento", afirmou Raissi.

As negociações para salvar o acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano, interrompidas desde junho, serão retomadas no dia 29 de novembro, em Viena (Áustria).

A tão esperada data foi anunciada, simultaneamente, na quarta-feira pelo Irão e pela União Europeia (UE), principal mediadora das conversações indiretas entre Washington e Teerão.

Concretamente, os países ainda signatários do acordo celebrado em 2015 (Irão, Alemanha, China, França, Reino Unido, Rússia), em Viena, vão reunir-se sob a presidência do negociador europeu Enrique Mora, avançou o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, num comunicado de imprensa.

Borrell explicou que as discussões estarão concentradas "na perspetiva de um possível regresso dos Estados Unidos" ao pacto internacional, que Washington, sob a administração do Presidente Donald Trump, abandonou unilateralmente em 2018.

E frisou que o objetivo será "garantir a plena e efetiva implementação do acordo por todas as partes".

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