Assalto ao Capitólio. Congresso dos EUA declara Steve Bannon em desacato
A Câmara dos Representantes norte-americana declarou quinta-feira Steve Bannon, aliado e assessor do ex-presidente Donald Trump, em desacato ao Congresso por desafiar uma intimação da comissão que investiga o violento assalto ao Capitólio em janeiro.
© Reuters
Mundo Capitólio
Numa rara demonstração de bipartidarismo no plenário da Câmara, o presidente democrata da comissão, o congressista Bennie Thompson, liderou o debate juntamente com a republicana Liz Cheney, uma de dois republicanos no painel.
Ainda assim, a votação no plenário foi de 229 votos a favor e 202 contra, com a maioria dos legisladores republicanos a votar "não", apesar das consequências potenciais para o Congresso se as testemunhas puderem ignorar as suas requisições.
A votação da Câmara remete o assunto para o gabinete do procurador dos EUA em Washington, onde agora caberá aos procuradores decidir se o caso será apresentado a um grande júri para possíveis acusações criminais.
A comissão exigiu documentos e testemunhos de Bannon, que esteve em contacto com o ex-Presidente Donald Trump antes do ataque ao Capitólio, em 06 de janeiro.
Além de não comparecer, Bannon também não disponibilizou documentos à comissão, no prazo estipulado.
O depoimento de Steve Bannon é apenas uma parte da grande investigação do Congresso norte-americano, com 19 intimações emitidas até ao momento e milhares de páginas de documentos recebidas.
Outras testemunhas estão a colaborar, incluindo algumas que organizaram ou fizeram parte do comício de Donald Trump no parque Elipse da Casa Branca, durante o comício "Stop The Steal" ("Parem o Roubo", em tradução simples).
A comissão intimou 11 organizadores do comício e deu-lhes um prazo, na quarta-feira, para entregarem documentos e registos. Também foram convidados para comparecerem em interrogatórios programados.
De acordo com a defesa de Bannon, a decisão de não colaborar surgiu depois de o antigo Presidente norte-americano pedir a alguns ex-assessores para invocarem o privilégio executivo para bloquear os pedidos de depoimentos e documentos.
"Dessa forma, até que essas questões sejam resolvidas, não podemos responder aos seus pedidos de testemunhos e documentos", disse o advogado de Bannon, Robert Costello, numa carta enviada à comissão de investigação, formada durante o verão.
Mas, contudo, Robert Castelo adiantou que Steve Bannon, que teve contacto com Donald Trump na semana do ataque ao Capitólio, está preparado para "cumprir as instruções dos tribunais", quando decidirem o caso.
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