Nuclear: Teerão deve "urgentemente" voltar a respeitar o acordo de Viena
A França pediu hoje ao Irão para acabar "urgentemente" com as suas violações, de uma "gravidade sem precedentes", do acordo internacional sobre o nuclear, após os Estados Unidos terem evocado a opção militar contra Teerão.
© Getty Images
Mundo França
"É urgente que o Irão recomece uma cooperação plena com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atómica) e acabe com todas as atividades de gravidade sem precedentes que prossegue em violação do JCPOA (Plano de Ação Conjunto Global)", como é designado o acordo concluído em 2015 em Viena, declarou a porta-voz da diplomacia francesa.
Os Estados Unidos ameaçaram na quarta-feira recorrer à opção militar contra o Irão se a diplomacia fracassar, fazendo eco pela primeira vez das advertências de Israel.
Todos os signatários do acordo (França, Alemanha, Reino Unido, Rússia e China), assim como os Estados Unidos que o abandonaram em 2018, "apelam em uníssono ao Irão para voltar sem demora às negociações de Viena para (as) concluir rapidamente", sublinhou Anne-Claire Legendre, num encontro 'online' com a imprensa.
Estas negociações visam salvar o pacto internacional através do regresso ao acordo dos Estados Unidos e do Irão ao cumprimento das suas obrigações no mesmo.
O acordo oferecia ao Irão o levantamento de parte das sanções ocidentais em troca de uma redução drástica do seu programa nuclear, colocado sob estrito controlo da ONU. Mas após a retirada unilateral de Washington em 2018 e o restabelecimento de sanções, Teerão começou gradualmente a desrespeitar a maioria dos seus compromissos.
As negociações iniciadas em abril em Viena -- e nas quais participam indiretamente os Estados Unidos -- estão suspensas desde junho e da eleição do novo Presidente iraniano, o ultraconservador Ebrahim Raissi.
A porta-voz afirmou que "o tempo joga contra um possível acordo".
"O Irão deve demonstrar por ações que partilha a mesma vontade (das outras partes interessadas) de regressar à mesa de negociações em Viena e de concluir um acordo sobre o retorno ao cumprimento do JCPOA o mais rápido possível", insistiu Anne-Claire Legendre.
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