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Representante dos EUA admite que cimeira pode ficar aquém

O enviado dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, admitiu que a cimeira da ONU sobre alterações climáticas (COP26) no próximo mês provavelmente terminará com as nações ainda aquém da redução necessária de emissões de gases com efeito de estufa.

Representante dos EUA admite que cimeira pode ficar aquém
Notícias ao Minuto

14:44 - 14/10/21 por Lusa

Mundo COP26

Em entrevista à Associated Press (AP), Kerry deu, no entanto, crédito aos Estados Unidos, à União Europeia, ao Japão e a outros aliados, que durante o ano passado prometeram cortes maiores e mais rápidos no uso de combustíveis fósseis que afetam o clima, antes das conversações da COP26 em Glasgow, Escócia.

"Quando Glasgow terminar, saberemos quem está a fazer a sua parte e quem não está", disse.

Kerry falou igualmente do impacto resultante de o Congresso norte-americano, com fraca maioria democrata, falhar a aprovação de legislação para medidas significativas sobre o clima por parte dos Estados Unidos, já que a administração Biden pretende recuperar a liderança na ação climática. "Seria novamente como o Presidente Trump sair do acordo de Paris", afirmou.

As declarações do responsável norte-americano surgem após nove meses de intensa diplomacia climática, para estabelecer compromissos de ação antes da cimeira das Nações Unidas, que começa a 31 de outubro.

Kerry rejeitou a ideia de estar a reduzir as expectativas para a cimeira, que se tornou um prazo, mas não o final, para os líderes começarem a apresentar o trabalho dos países na transformação das economias para a adoção de energias menos poluentes.

John Kerry e outros responsáveis encararam a cimeira de Glasgow como "a última grande oportunidade" para dar impulso aos cortes nas emissões, investir na energia renovável e ajudar os países menos desenvolvidos a fazerem a transição do carvão e do petróleo a tempo de limitar o aquecimento global a 1,5 graus celsius acima dos valores da era pré-industrial.

O mundo já aqueceu quase 1,1 graus desde que as nações definiram aquele objetivo em Paris, em 2015.

Os cientistas alertaram que os danos são irreversíveis e que conduzem a consequências catastróficas se não houver cortes maiores nas emissões.

Leia Também: COP26 quer "manter viva" a possibilidade de limitar o aquecimento global

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