Camiões com medicamentos e material médico vão entrar em Gaza

"Os artigos que devem chegar são de grande importância (...) para continuar a prestar assistência médica aos feridos e doentes e salvar vidas", afirmou o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza em comunicado.

Faixa de Gaza, hospital de campanha, criança amputada, Muhammed Omar Selim Muslih

© Ahmed Jihad Ibrahim Al-arini/Anadolu via Getty Images

Lusa
08/07/2025 09:41 ‧ há 7 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Vários camiões com medicamentos e material médico da Organização Mundial de Saúde (OMS) vão entrar hoje em Gaza, anunciou o Ministério da Saúde do enclave, pedindo à população que proteja os carregamentos para garantir que cheguem aos hospitais.

 

"Os artigos que devem chegar são de grande importância (...) para continuar a prestar assistência médica aos feridos e doentes e salvar vidas", afirmou o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza em comunicado.

De acordo com fontes da autoridades de saúde da Faixa de Gaza, esta será a segunda vez que material médico e reservas de sangue para transfusões entram na Faixa de Gaza desde março, quando Israel impôs um bloqueio humanitário total a Gaza após ter rompido o cessar-fogo estabelecido em janeiro.

A falta de recursos médicos e de combustível está a levar o sistema de saúde de Gaza ao limite, de acordo com várias organizações internacionais e autoridades de saúde de Gaza, apesar do alívio parcial das restrições à entrada de mantimentos por parte de Israel em maio.

Nenhum hospital está em funcionamento na região norte da Faixa de Gaza desde junho, devido aos constantes bombardeamentos israelitas e às ordens de retirada da população pelo exército de Israel.

O Crescente Vermelho Palestiniano informou hoje que uma das suas clínicas na Cidade de Gaza, a do bairro de Zeitun, encerrou as suas atividades devido aos bombardeamentos na zona, "o que representa uma séria ameaça à segurança das equipas médicas e dos doentes".

"A clínica estava a tratar milhares de pacientes, especialmente porque a área estava cada vez mais saturada de residentes deslocados do leste de Gaza, após ordens de retirada emitidas pela ocupação israelita", denunciou o grupo em um comunicado.

A organização alertou ainda que "com o encerramento da clínica, milhares de civis serão obrigados a caminhar longas distâncias para obter cuidados médicos ou vacinar os seus filhos".

Desde o início da ofensiva israelita em outubro de 2023, as ordens de retirada e as operações militares forçaram o encerramento de 18 clínicas do Crescente Vermelho no enclave, segundo o grupo.

A guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas teve início em 07 de outubro de 2023, quando o movimento palestiniano atacou o território israelita, provocando mais de 1.200 mortos e cerca de 250 sequestrados.

Em retaliação, Israel invadiu a Faixa de Gaza e, até ao momento, mais de 57 mil palestinianos morreram e outros milhares ficaram feridos nos bombardeamentos e ataques israelitas sobre o enclave.

Leia Também: Negociações indiretas entre Israel e Hamas decorrem no Qatar

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