Vários operadores de drones particulares estão a vigiar as zonas interditadas pela lava, em La Palma, para identificar animais vivos e alimentá-los até poderem ser resgatados por associações.
O bairro de Todoque, naquela ilha da província de Santa Cruz de Tenerife, foi muito impactado pela erupção do vulcão, tornando alguns acessos impossíveis, tanto por terra - muitas das estradas foram arrasadas pela lava - como por ar, por causa das explosões, das cinzas e dos piroclastos.
Assim sendo, duas empresas - Volcanic Life e a Ticom Soluciones - colocaram mãos à obra e estão há várias dias a levar água e comida a cães que se encontrem encurralados entre as vagas de lava.
As autoridades locais já emitiram um agradecimento pelo "trabalho desinteressado", que inclui a busca não só de cães, mas também de gatos, patos, galinhas, etc.
A associação de proteção de animais UPA LA Palma está a acompanhar os resgates dos animais, reconhecendo, porém, que é uma tarefa complicada. "Só resta esperar que a lava não avance naquela zona e que os possamos tirar mais adiante", indicaram, através das redes sociais.
Sublinhe-se que a lava do vulcão de La Palma ocupa atualmente 656 hectares e já afetou mais de 1.500 construções naquela ilha do arquipélago das Canárias, onde têm sido registados dezenas de terramotos.
A lava continua a fluir a partir do último caudal de lava aberto a norte do vulcão principal, que até agora destruiu uma zona industrial em Los Llanos e forçou a retirada de 800 pessoas em La Laguna. O último relatório do Departamento de Segurança Nacional espanhol (DSN) indica que o fluxo de lava está a mudar nas últimas horas em consequência da derrocada do cone do vulcão, que ocorreu no sábado passado.
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