"A contagem dos votos prossegue e os resultados continuam a chegar. Espero que isso implique a rápida formação de um Governo representativo, sensível às necessidades e aspirações do povo iraquiano", declarou em comunicado Josep Borrell, o Alto Representante para a política Externa da UE.
O mesmo responsável acrescentou "ser importante que todos os atores aceitem os resultados e que qualquer potencial denúncia de irregularidades seja analisada de imediato através dos procedimentos disponíveis".
Na perspetiva de Borrell, as eleições antecipadas de 10 de outubro constituem "um passo importante para a consolidação da democracia e estabilidade a longo prazo do Iraque".
"Os esforços das autoridades eleitorais e das forças de segurança iraquianas resultaram numa votação em grande parte pacífica e ordenada, apesar da baixa participação", indicou.
A UE enviou pela primeira vez uma missão de observação para acompanhar as eleições no Iraque, e que hoje apresentou um relatório preliminar.
O chefe da diplomacia europeia disse que o relatório indica uma votação "bem gerida e competitiva" e manifestou o desejo em prosseguir a colaboração "de forma estreita"com as novas autoridades de Bagdad.
As eleições legislativas do passado domingo, as quintas desde o derrube do regime de Saddam Hussein em 2003 e as primeiras antecipadas, foram convocadas em resposta aos amplos protestos no Iraque em outubro de 2019 e que exigiam melhores serviços públicos e o fim da endémica corrupção.
Na segunda-feira, o influente clérigo xiita Moqtada al-Sadr proclamou a vitória da sua formação política nas eleições, com um considerável avanço face a anteriores escrutínios, e como sugerem os resultados preliminares.
A missão de observadores da UE também lamentou ainda hoje que as candidatas mulheres às eleições de domingo passado tenham sido submetidas a "intimidações e ameaças" durante a campanha eleitoral, e após o anúncio dos resultados.
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