De acordo com o "Der Tagesspiegel", em várias assembleias de voto da capital alemã os boletins de voto acabaram ao início da tarde e o reabastecimento foi difícil de organizar por causa da maratona e do encerramento parcial do trânsito na cidade.
Ainda segundo o jornal, as autoridades responsáveis pela votação ao nível federal vão permitir que todas as pessoas que esperam na fila possam votar, mesmo depois das 18:00, mas quem chegar mais tarde já não poderá depositar o voto.
"Várias secções eleitorais tiveram de fechar temporariamente porque ficaram sem boletins de voto, outras receberam boletins de voto errados", pode ler-se na página online do jornal.
Os distritos de Friedrichsain, Kreuzberg, Charlottenburg e Wilmersdorf foram alguns dos afetados.
Tal como no resto país, os berlinenses votam hoje nas eleições gerais com vista a escolher um novo governo e o sucessor de Angela Merkel, depois de 16 anos de governação.
Berlim também se despede do seu líder, o autarca Michael Müller (do SPD), que desta vez concorre para um lugar no Bundestag (o parlamento alemão).
A capital alemã escolhe ainda os responsáveis pelos seus doze distritos, uma votação que acontece a cada cinco anos.
A sexta, e última cruz, vai para um referendo consultivo sobre a expropriação das sociedades imobiliárias que detenham mais de 3.000 habitações na cidade. A votação surge depois de uma petição que recolheu mais de 346 mil assinaturas.
No resto do país, as mesas de voto encerram às 18:00 locais.
Ao início da tarde (às 14:00 locais, 13:00 em Lisboa), a taxa de participação no ato eleitoral era de 36,5%, menos quatro pontos percentuais em relação às eleições de 2017, segundo os dados da Comissão Eleitoral alemã.
Esta percentagem não inclui, no entanto, o voto por correspondência.
Estima-se que, especialmente por causa da pandemia de covid-19, mais de metade dos eleitores alemães tenha optado pelo voto por correio, modalidade que pode registar níveis recorde no atual escrutínio.
Nas eleições de 2017, a taxa de participação final foi de 76,2%.
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