Objetivo de vacinar 17 milhões em Moçambique é "improvável"
A consultora NKC African Economics considerou hoje que é improvável que Moçambique consiga atingir o objetivo de vacinar 17 milhões de pessoas até final do ano, salientando a expansão da pandemia nas províncias no norte do país.
© Lusa
Mundo Covid-19
"Apesar de mais de 1,2 milhões de moçambicanos terem recebido doses durante o último mês, parece improvável que o Governo consiga atingir o objetivo de imunizar 17 milhões de cidadãos até final do ano", dizem os analistas desta filial africana da consultora britânica Oxford Economics.
No comentário à evolução da pandemia no país, enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas escrevem que "as dificuldades infraestruturais nas áreas rurais e o conflito na província de Cabo Delgado, que registou um forte aumento do número de casos de covid-19, vão ser um desafio para as autoridades de saúde".
Durante o mês de agosto, o número oficial de casos ativos de covid-19 no país desceu para 11.803, uma diminuição de 63% desde o fim de julho, reconhecem os analistas, que contrapõem, no entanto, que "nas últimas semanas houve um aumento dos casos confirmados nas províncias nortenhas da Zambézia, Nampula, Niassa e em Cabo Delgado".
No final do mês passado, apenas menos de 4% dos moçambicanos tinham sido vacinados, apesar do forte aumento na entrega de vacinas desde julho e do lançamento de um abrangente programa de vacinação no início de agosto, nota a NKC African Economics.
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