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Posser da Costa diz-se vítima de perseguição e repudia incitação ao ódio

O candidato às eleições presidenciais de São Tomé e Príncipe Guilherme Posser da Costa disse que tem sido vítima de perseguição e repudiou "manobras de incitação ao ódio e à violência", através de "manipulações" das suas declarações.

Posser da Costa diz-se vítima de perseguição e repudia incitação ao ódio
Notícias ao Minuto

14:28 - 01/09/21 por Lusa

Mundo São Tomé

"Têm sido feitas, nas redes sociais, montagens e manipulações que visam dividir ainda mais os são-tomenses, sobretudo as boas relações de estabilidade existentes no seio da nova maioria", disse Guilherme Posser da Costa em reação a uma conversa de áudio divulgada na terça-feira nas redes sociais.

"Andam na internet a mandar uma data de mentiras, a montar a minha voz a dizer que eu estou contra Delfim Neves", disse o candidato apoiado pelo Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe -- Partido Social-Democrata (MPLSTP-PSD, no poder), durante uma ação de campanha no distrito de Cantagalo, na zona sul da ilha de São Tomé.

No áudio publicado no Facebook, ouve-se uma voz, alegadamente de Posser da Costa, que tece duras críticas ao presidente do Parlamento e candidato que ficou em terceiro lugar na primeira volta das eleições presidenciais, Delfim Neves.

O excerto de cerca de dois minutos refere-se ao momento que Delfim Neves anunciou a sua candidatura presidencial, em 12 de abril, tendo revelado na altura que o Presidente da República cessante, Evaristo Carvalho, não iria recandidatar-se, antecipando a declaração do próprio chefe de Estado, que só anunciou a não recandidatura em 12 de julho.

"Isso é uma falta de respeito (...) Como é que tu podes ter um homem de Estado que retira a palavra do Presidente da República em exercício", ouve-se da voz atribuída a Posser da Costa, que refere ainda que prefere o ex-primeiro-ministro Patrice Trovoada a Delfim Neves.

Na conversa, a voz atribuída a Posser da Costa refere ainda que "Patrice [Trovoada] ainda tem uma 'politeness'(educação), nunca faria uma coisa dessa (...) ele nunca cometeria um erro crasso como este".

Também através de um vídeo publicado no Facebook, Guilherme Posser da Costa repudiou a publicação.

"Eu repudio todas essas manobras de incitação ao ódio e à violência e reitero os meus agradecimentos ao PCD, ao Delfim Neves, à Coligação MDFM/UDD, a todos os partidos políticos, ex-candidatos, cidadãos anónimos, a todos os são-tomense que, determinados na defesa do nosso país e da nossa democracia, apoiam a minha candidatura".

Na tarde de terça-feira, durante a campanha no distrito de Cantagalo, o candidato apoiado pelo MLSTP-PSD e a Coligação PCD-MDFM-UDD considerou que "essas manipulações são sinais evidentes de quem está desesperado", e "é clara demonstração de fraqueza".

Posser da Costa revelou que tem sido perseguido "desde o início da campanha por um grupo de delinquentes que vão numa carinha branca sem número [matrícula]", acrescentando que já deu conhecimento do facto à Polícia Nacional.

"Nada fará parar a minha determinação e a dos meus apoiantes em defender o Estado de Direito em São Tomé e Príncipe", disse o candidato, avançando que tem o apoio de pelo menos sete candidatos que concorreram na primeira volta, entre os quais 5 da família política do MLSTP-PSD.

A segunda volta das eleições Presidenciais realiza-se em 05 de setembro entre Carlos Vila Nova, apoiado pela Ação Democrática Independente (ADI, oposição) e Guilherme Posser da Costa.

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