Segundo o exército israelita, um foguete explodiu no local na sequência de um outro ataque nas proximidades.
"Quero esclarecer que as Forças de Defesa não atacaram nenhum edifício civil. De acordo com as informações disponíveis, o edifício foi atingido por um foguete que estava localizado neste local, e que foi lançado e explodiu como resultado de um ataque aéreo", alegou um porta-voz militar num comunicado divulgado nas redes sociais.
O exército confirmou ter bombardeado uma instalação em Nabatieh, onde afirma que o grupo xiita libanês Hezbollah tem armazenado sistemas de ataque e defesa e onde diz ter detetado atividade desta milícia nos últimos dias.
"O Hezbollah continua a colocar os residentes do sul do Líbano em risco ao recusar entregar as suas armas ao Estado libanês", acusa o exército de Telavive no comunicado, sublinhando que o grupo xiita armazena os seus foguetes perto de edifícios residenciais.
O primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, alertou que a onda de ataques hoje perpetrada por Israel contra o sul do Líbano, a terceira em apenas uma semana, viola o acordo de cessar-fogo em vigor e ameaça a estabilidade que o seu país procura.
"Condeno veementemente os ataques israelitas em Nabatieh, que representam uma flagrante violação da soberania nacional e do acordo de cessar-fogo assinado em novembro passado", afirmou em comunicado.
Segundo a agência de notícias oficial do Líbano (ANN) o ataque de hoje foi "violento e de grande escala" e atingiu a floresta de Ali al-Taher, as montanhas de Kfar Tebnit e Nabatieh al-Fawqa.
A imprensa local adiantou ainda que os ataques provocaram explosões que tiveram repercussões intensas na região.
Israel já tinha atacado o sul do Líbano duas vezes na última semana - na sexta-feira passada e na segunda-feira -- bombardeando instalações militares e depósitos de armas pertencentes ao Hezbollah.
Os bombardeamentos tornaram-se raros desde que o cessar-fogo entrou em vigor, mas Israel continua a atacar território libanês regularmente, principalmente através de ataques direcionados com 'drones' e outras ações de menor intensidade.
O conflito entre Israel e o Hezbollah começou no dia a seguir ao ataque do grupo islamita palestiniano Hamas -- realizado a 07 de outubro de 2023 -- e que deu início à atual guerra na Faixa de Gaza.
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