Hungria rejeita críticas da UE sobre proibição da Marcha do Orgulho Gay

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, alertou hoje sobre as consequências legais da realização da Marcha do Orgulho Gay, marcada para sábado, e rejeitou as críticas da União Europeia. 

LGBTQ community members take part in the rainbow Pride Month celebrations in Chennai

© Lusa

Lusa
27/06/2025 10:33 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Hungria

Em declarações à rádio pública húngara, Orbán criticou diretamente os apelos da Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para que a proibição da manifestação de sábado venha a ser revogada.

 

"Ela [Ursula von der Leyen] trata a Hungria como um país vassalo e pensa que pode ditar aos húngaros, a partir de Bruxelas, como devemos viver (...) tal como fazia (o líder soviético Leonid) Brezhnev", afirmou hoje o primeiro-ministro húngaro.

Entretanto, a Comissária Europeia para a Igualdade, Hadja Lahbib, é esperada hoje em Budapeste, onde vai estar presente numa conferência de imprensa com o autarca da capital.

Os organizadores da marcha do Orgulho Gay em Budapeste esperam mais de 35 mil pessoas no sábado, prevendo a maior participação desde a criação do evento na década de 1990.

Por outro lado, Orbán disse ainda que as forças policiais não vão intervir contra a marcha no sábado, mas alertou sobre as consequências legais.

"É evidente que a polícia pode dispersar este tipo de eventos, porque tem o direito de o fazer, mas a Hungria é um país civilizado", afirmou o líder na tradicional entrevista semanal à rádio estatal.

A polícia proibiu a marcha do Orgulho Gay na semana passada, invocando a recente lei anti-LGBT+ aprovada pela maioria governamental liderada por Órban. 

Mesmo assim, o presidente da Câmara Municipal de Budapeste, o ecologista Gergely Karacsony, decidiu manter o evento, argumentando que não necessitava de autorização oficial.

Órban rejeitou a posição do autarca da capital húngara. 

"Os regulamentos húngaros são claros. Qualquer evento deve ser registado e autorizado pela polícia e se alguém infringir a lei podem ocorrer consequências legais", avisou.

Os participantes na marcha podem ser alvo de multas até 500 euros.

Os organizadores ou aqueles que apelam à participação podem ser condenados a uma pena de prisão até um ano.

O chefe do Executivo Viktor Orbán tem vindo a limitar os direitos das pessoas LGBT+ em nome da "proteção das crianças".

Em março o Governo fez aprovar legislação que proíbe todas as manifestações que abordem com menores de idade temas sobre homossexualidade e mudança de sexo.

Leia Também: Hungria instiga membros da UE a "rebelião" contra política migratória

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas