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Canal público alemão denuncia morte de familiar de jornalista em Cabul

O canal público de televisão alemão Deutsche Welle, denunciou hoje que os talibãs assassinaram no Afeganistão um familiar de um dos seus jornalistas e feriram outro gravemente.

Canal público alemão denuncia morte de familiar de jornalista em Cabul
Notícias ao Minuto

22:47 - 19/08/21 por Lusa

Mundo Afeganistão

Sem divulgar mais detalhes sobre o jornalista em causa, o canal revelou que este vive e trabalha há muito tempo na Alemanha.

O diretor do canal Deutsche Welle, Peter Limbourg, condenou a morte "incrivelmente trágica" do "parente próximo" de um dos seus editores e exigiu uma resposta do Governo alemão.

"Parece que os talibãs estão a realizar buscas organizadas por jornalistas em Cabul e nas regiões próximas. O tempo está a esgotar-se", alertou Limbourg, citado pela agência EFE.

O Governo alemão, tal como outros países ocidentais, tem executado desde domingo em Cabul operações de retirada de seus nacionais e colaboradores afegãos, após os talibãs terem conquistado a capital do país da Ásia Central.

A Alemanha já retirou cerca de 900 pessoas, incluindo diplomatas, cidadãos alemães e colaboradores afegãos.

A chanceler alemã, Angela Merkel, referiu hoje que o seu Governo está a trabalhar "com grande pressão" para retirar o maior número possível de pessoas do Afeganistão.

"Espero que ainda possamos trazer muitas pessoas de volta para casa ou para um local seguro", acrescentou.

O executivo liderado por Merkel tem sido criticado por ter agido lentamente na retirada de afegãos que trabalhavam com diplomatas e militares alemães e que têm sido impedidos de aceder ao aeroporto de Cabul.

Berlim abriu entretanto os canais de comunicação com os talibãs de forma a garantir que os colaboradores afegãos cheguem ao aeroporto.

Os talibãs conquistaram Cabul no domingo, culminando uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.

As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no seu território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de Setembro de 2001.

A tomada da capital põe fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e dos seus aliados na NATO, incluindo Portugal.

Face à brutalidade e interpretação radical do Islão que marcou o anterior regime, os talibãs têm assegurado aos afegãos que a "vida, propriedade e honra" vão ser respeitadas e que as mulheres poderão estudar e trabalhar.

Leia Também: G7 apela à segurança dos estrangeiros e afegãos que querem sair do país

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