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Organizações pedem "libertação imediata" de figura do Burkina Faso

Cerca de 20 organizações apelaram hoje para a "libertação imediata" da figura da sociedade civil do Burkina Faso Pascal Zaida, detido na capital, sob acusação de "tentativa de minar a segurança do Estado", "declaração subversiva" e "incitação à rebelião".

Organizações pedem "libertação imediata" de figura do Burkina Faso
Notícias ao Minuto

20:48 - 16/08/21 por Lusa

Mundo Burkina Faso

Zaida, presidente da Coordenação Nacional das Organizações da Sociedade Civil para a Pátria (COP), foi detido na sexta-feira, no dia seguinte a uma conferência de imprensa em que criticou a gestão do Governo do Presidente, Roch Marc Christian Kaboré, pelo "fracasso do sistema de segurança face à ameaça terrorista" e ao aumento do preço dos bens básicos, noticiou a agência France-Presse.

"As condições objetivas para a agitação social estão presentes. Hoje, estão reunidas todas as condições para derrubar o Governo" e, "se nada for feito, haverá uma revolta", disse Zaida.

O Movimento Popular 03 de Julho (MP3), que reúne cerca de 20 organizações da sociedade civil, "exige a libertação imediata e incondicional de Pascal Zaida, detido por exercer os seus direitos de expressão [e] o fim da repressão contra aqueles que criticam a gestão caótica do poder", segundo uma declaração citada pela AFP.

A plataforma considera que as acusações contra Zaida são "espantosas face a uma simples conferência de imprensa" em que este "apenas pintou um quadro sombrio da situação nacional caracterizada pela insegurança, elevados custos de vida (...) e o contínuo empobrecimento da população".

O MP3 disse lamentar o "ressurgimento de violações flagrantes das liberdades fundamentais dos cidadãos e uma tentativa desesperada" do partido no poder "amordaçar a liberdade de expressão dos cidadãos".

Pascal Zaida encontra-se sob custódia policial desde sexta-feira e deverá ser apresentado às autoridades judiciais do Burkina Faso na terça-feira.

Na semana passada, o antigo conselheiro municipal de Kaya, na província de Sanmatenga, Zakaria Sana foi preso "na sequência de uma publicação nas redes sociais (...) suscetível de minar a segurança do Estado", segundo o Ministério da Segurança.

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