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Moderna admite que será necessária uma 3.ª dose da vacina ainda este ano

A empresa biotecnológica norte-americana Moderna admitiu que será necessária uma terceira dose da sua vacina contra a Covid-19 antes do fim do ano, devido ao esperado aumento de contágios causado pela variante Delta do novo coronavírus.

Moderna admite que será necessária uma 3.ª dose da vacina ainda este ano
Notícias ao Minuto

16:40 - 05/08/21 por Lusa

Lifestyle Pandemia

"Cremos que um reforço será provavelmente necessário este outono, particularmente devido à Delta", refere o fabricante num documento de apresentação de resultados trimestrais, depois de, na quarta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter pedido um adiamento das terceiras doses, pelo menos até ao fim de setembro, para que os países pobres possam ter vacinas para imunizar a sua população.

A Moderna, cuja vacina contra a Covid-19 é administrada em duas doses intervaladas, tem em estudo uma terceira dose de reforço, que foi dada, na quantidade de 50 microgramas, a um grupo de pessoas seis meses depois de terem recebido a segunda dose.

Segundo os primeiros dados, publicados pela empresa, a terceira dose potenciou os níveis de anticorpos neutralizadores do SARS-CoV-2, que "tinham diminuído de forma significativa" passados seis meses, antes do reforço, e superou a eficácia obtida no ensaio clínico original da vacina, em diferentes faixas etárias, especialmente em maiores de 65 anos.

O fabricante aguarda os resultados de um teste com uma dose maior, de 100 microgramas.

De acordo com a Moderna, "o aumento da força da infeção resultante da variante Delta", mais transmissível, o cansaço das medidas sanitárias de prevenção e os "efeitos sazonais", como passar mais tempo em espaços fechados quando terminar o verão, "levarão a um aumento de infeções irruptivas em pessoas vacinadas".

Os especialistas têm avisado que as vacinas contra a covid-19 previnem a doença grave e a morte, mas não evitam a infeção nem a transmissão do vírus, mesmo nas pessoas vacinadas, pelo que, por precaução, há que manter o distanciamento físico, lavar muito bem as mãos e usar máscara sobretudo em espaços interiores.

Graças às vendas da sua vacina contra a Covid-19, a Moderna lucrou 5,9 mil milhões de dólares (4,9 mil milhões de euros), segundo o documento hoje divulgado pela empresa.

Ignorando o apelo da OMS, França anunciou hoje que pretende avançar em setembro com a administração de uma terceira dose a idosos e outras pessoas vulneráveis.

Antes, a Alemanha já tinha previsto a mesma medida, agendando-a também para setembro, tal como Espanha, ainda sem datas para o reforço vacinal.

Mais precoce, Israel iniciou recentemente a administração da terceira dose da vacina Pfizer/BioNTech a pessoas com mais de 60 anos para travar as infeções com a variante Delta.

Em Portugal, o regulador do medicamento afastou em 23 de julho a necessidade de reforço da vacinação contra a Covid-19 com uma eventual terceira dose, invocando que, à data, a informação disponível não permitia concluir sobre a necessidade e o momento da toma.

Contudo, o Infarmed ressalvou que, em conjunto com a Direção-Geral da Saúde (DGS), estava "a acompanhar os dados técnico-científicos à medida que estes se encontram disponíveis, nomeadamente visando a ponderação, no Plano de Vacinação contra a Covid-19, da eventual necessidade de doses adicionais ao esquema aprovado para algumas populações mais vulneráveis".

Para "acautelar uma possível terceira dose", bem como "o desenvolvimento de vacinas adaptadas a novas variantes" do novo coronavírus, Portugal tem "dois contratos estipulados, cujo volume de vacinas ultrapassa os 14 milhões, com os laboratórios BioNTech/Pfizer e Moderna", acrescentou então o regulador.

A pandemia da Covid-19 fez pelo menos 4.247.424 mortos em todo o mundo, entre mais de 200,1 milhões de infetados, segundo o balanço atualizado da agência noticiosa AFP com base em dados oficiais.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.422 pessoas e foram registados 979.987 casos de infeção, de acordo com as estatísticas mais recentes da DGS.

A Covid-19 é uma doença respiratória causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e que se disseminou rapidamente no mundo.

Segundo a OMS, existem quatro variantes do SARS-CoV-2 preocupantes, sendo a Delta, predominante em vários países, incluindo Portugal, a mais contagiosa.

Leia Também: Moderna diz que 2.ª dose de vacina mantém 93% de eficácia após 6 meses

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