O motivo do ataque não foi imediatamente esclarecido, e o chefe da polícia local, Javed Akbar, disse que o caso está a ser investigado.
Karachi é a capital da província de Sindh, no sul do Paquistão, onde vários projetos de construção financiados pela China estão a ser desenvolvidos.
O incidente ocorreu semanas depois de um autocarro que transportava trabalhadores paquistaneses e chineses ter caído de uma ravina, no noroeste do Paquistão, matando nove chineses e quatro paquistaneses, num alegado ataque terrorista.
Inicialmente, o Paquistão disse que foi apenas um acidente de viação, mas depois os investigadores concluíram que o motorista do autocarro perdeu o controlo, devido a um ataque perpetrado por um homem-bomba.
O ataque ocorreu em Kohistan, um distrito da província de Khyber Pakhtunkhwa que faz fronteira com o Afeganistão.
Os trabalhadores chineses são alvo de grupos terroristas e separatistas no país vizinho, devido à sua grande presença no território, como parte do projeto Corredor Económico China -- Paquistão.
O projeto multimilionário de infraestruturas, avaliado em 60.000 milhões de dólares (cerca de 50.000 milhões de euros), é financiado por Pequim e envolve a construção de autoestradas, barragens, portos e linhas ferroviárias no país vizinho.
O objetivo é construir uma rota comercial que ligará a cidade de Kasghar, na província de Xinjiang, no noroeste da China, ao porto paquistanês de Gwadar, no Baluchistão, fornecendo à China uma porta de entrada para o Mar Arábico.
Em abril passado, cinco pessoas morreram e 15 ficaram feridas durante um ataque com carro-bomba no estacionamento de um hotel de luxo na cidade de Quetta, no oeste do Paquistão, onde o embaixador chinês era esperado.
O embaixador chinês no Paquistão, Nong Rong, ainda não tinha chegado ao hotel quando ocorreu a explosão.
Em 2018, um grupo de insurgentes atacou o consulado chinês na cidade de Karachi, no sul do país. O ataque resultou na morte dos três agressores.
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