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Presidente são-tomense condena "corrupção desenfreada" no Estado

O Presidente de São Tomé e Príncipe, Evaristo Carvalho, alertou hoje para a "profunda crise de valores", que impede o desenvolvimento do país, criticando "a corrupção desenfreada das instituições do Estado".

Presidente são-tomense condena "corrupção desenfreada" no Estado
Notícias ao Minuto

17:15 - 12/07/21 por Lusa

Mundo São Tomé

"País nenhum se desenvolve numa sociedade mergulhada numa crise de valores tão profunda", considerou hoje o chefe de Estado, intervindo no ato central da comemoração do 46.º aniversário da independência nacional, que hoje se assinala.

Na opinião do chefe de Estado, "a onda de roubos e assaltos, a corrupção desenfreada nas instituições do Estado, a tendência para se trabalhar pouco e querer ter muito, os esquemas, as burlas, tudo isso tem levado a que se trabalhe pouco e com muito baixa produtividade".

Para Evaristo Carvalho, os "valores morais fundamentais" do respeito, disciplina e trabalho estão hoje perdidos, comprometendo "o desenvolvimento socioeconómico e sociocultural" de São Tomé e Príncipe.

"O resgate desses três valores fundamentais e de todos os outros torna-se tarefa urgente e transversal a toda a sociedade e interpela os responsáveis das instituições do Estado e dos partidos políticos, as câmaras distritais, as organizações da sociedade civil, as igrejas, as escolas, os pais e encarregados de educação", salientou.

"Não iremos longe enquanto persistir o desrespeito, a indisciplina, a desordem, o roubo desenfreado e a corrupção na administração e na sociedade em geral", comentou.

Num balanço do seu mandato presidencial, que termina a 03 de setembro, recordou a sua aposta na reforma da justiça e a busca de um "entendimento nacional", com o objetivo de procurar "consensos alargados que permitissem encontrar vias e meios para reverter a situação galopante da perda dos valores morais fundamentais" e adotar "uma estratégia nacional de desenvolvimento económico, social, cultural, desportivo e recreativo.

O seu mandato de cinco anos, acrescentou, ficou marcado pela "busca incessante da convivência pacífica e harmoniosa entre os órgãos de soberania, isto é, pela estabilidade político-institucional".

"Nem sempre fui bem compreendido por alguns cidadãos que entendiam que eu devia tomar decisões mais drásticas em determinados momentos críticos. Tenho, porém, a plena consciência de que fiz o que foi necessário fazer em prol da estabilidade", salientou, justificando que "os múltiplos problemas do país não se compadecem com situações de instabilidade política ou governativa".

Na cerimónia de hoje, o Governo, liderado por Jorge Bom Jesus, homenageou Evaristo Carvalho, a quem entregou um diploma de mérito.

Um total de 19 candidatos concorre, no próximo domingo, à Presidência da República.

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