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Reino Unido, UE e vários líderes condenam assassínio de PR haitiano

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, denunciou como "ato odioso" o assassínio do Presidente do Haiti, Jovenel Moise, e o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, mostrou-se "chocado" com este acontecimento que gerou uma onda de condenação da comunidade internacional.

Reino Unido, UE e vários líderes condenam assassínio de PR haitiano
Notícias ao Minuto

16:20 - 07/07/21 por Lusa

Mundo Jovenel Moise

"Este crime representa um risco de instabilidade e uma espiral de violência", escreveu o Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, ao passo que o chefe do executivo britânico se mostrou "chocado e triste com a morte do Presidente Moise", apelando à calma e apresentando condolências à família e ao povo haitiano.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, pediu união às forças políticas do país para superar esta situação, ao mesmo tempo que expressou a sua "condenação absoluta" pelo ato, que já tinha também sido condenado pela Casa Branca.

"Como presidente do governo, venho apelar à unidade política para sair deste terrível transe que está a sofrer um país com o qual temos muitos laços culturais e de irmandade", acrescentou.

O Presidente colombiano, Iván Duque, condenou aquilo o que apelidou de "ato covarde" e pediu uma missão urgente da Organização dos Estados Americanos (OEA) para "proteger a ordem democrática".

Também o Presidente mexicano, Andrés Manuel Lopez Obrador, lamentou a morte de Moise, recordando que ele e a mulher, Martine Moise, estiveram na sua tomada de posse, em dezembro de 2018, enviando ainda um "abraço" para o povo haitiano.

"Recentemente decidimos enviar 150.000 doses de vacinas ao Haiti, que é um povo pobre, muito necessitado de ajuda internacional, e o que aconteceu é muito lamentável. Prestamos-lhe uma homenagem, tanto o povo como o governo mexicano", afirmou durante uma conferência de imprensa, no Palácio Nacional.

Obrador lamentou ainda a morte da primeira-dama, ferida no ataque e que, segundo líderes políticos do Haiti, teria falecido posteriormente no hospital, embora não haja confirmação oficial.

O líder da oposição Venezuela Juan Guaidó juntou-se aos que condenaram o acontecido e repudiou o assassínio do chefe de Estado haitiano, abatido por homens armados que atacaram a sua residência.

"Repudiamos o assassínio do Presidente do Haiti, Jovenel Moise. Somos solidários com o povo do Haiti e acompanhamo-lo neste momento difícil. Não esquecemos o apoio do Haiti à nossa causa democrática", escreveu Guaidó, no Twitter.

Já o Presidente da República Dominicana, Luis Abinader, condenou o crime que "atenta contra a ordem democrática do Haiti e da região" e, tal como Obrador, referiu a morte da primeira-dama.

"Lamentamos e condenamos o assassínio do Presidente haitiano, Jovenel Moise, e da primeira-dama, Martine Moise. Este crime viola a ordem democrática do Haiti e da região. As nossas condolências às suas famílias e ao povo haitiano", escreveu Abinader, também no Twitter.

Também o Presidente taiwanês, Tsai Ing-wen, apresentou as suas condolências e disse que está "ao lado do aliado Haiti neste momento difícil". O Haiti é dos poucos países do mundo que mantém relações diplomáticas formais com Taiwan, que a China reclama como território seu

O Presidente do Haiti, Jovenel Moise, foi assassinado hoje por homens armados aparentemente estrangeiros que realizaram um ataque à sua residência ao amanhecer no bairro de Pelerin em Porto Príncipe.

O assassínio ocorre dois meses antes das eleições presidenciais e legislativas convocadas para o próximo dia 26 de setembro, às quais Moise não se poderia candidatar.

Entretanto, as autoridades haitianas decidiram encerrar o aeroporto internacional de Príncipe, obrigando ao cancelamento ou ao desvio para outros destinos de vários voos da capital do país.

O Haiti, a nação mais pobre do continente americano, regista problemas económicos, políticos, sociais e de insegurança, nomeadamente com raptos para a obtenção de resgates realizados por gangues que quase sempre ficam impunes.

O país ainda tenta recuperar do devastador terramoto de 2010 e do furacão Matthew em 2016.

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