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Vacinados e menores ingleses evitam isolamento após contactos de risco

Pessoas com vacinação completa contra a covid-19 e menores de 18 anos não serão obrigados a isolar-se após um contacto com um infetado, anunciou hoje o Governo britânico, que também vai mudar as regras nas escolas. 

Vacinados e menores ingleses evitam isolamento após contactos de risco
Notícias ao Minuto

15:37 - 06/07/21 por Lusa

Mundo Covid-19

Numa intervenção na Câmara dos Comuns, o novo ministro da Saúde, Sajid Javid, disse que, a partir de 16 de agosto, as pessoas que tenham tido um contacto de risco serão aconselhadas a fazer um teste PCR o mais rápido possível "para que possam ter certeza sobre o seu estado [de saúde]".

Jovens com menos de 18 anos, que ainda não são elegíveis para a vacinação, também vão poder evitar o isolamento profilático de 10 dias atualmente obrigatório se o teste tiver um resultado negativo.

"Esta nova abordagem significa que podemos gerir o vírus de uma forma proporcional à pandemia, enquanto mantemos as liberdades que são tão importantes para todos nós", afirmou Javid.

Pouco depois, o ministro da Educação, Gavin Williamson, confirmou aos deputados que as novas regras de rastreamento vão alargar-se às escolas, deixando de se aplicar o isolamento a grupos inteiros, também conhecidos por 'bolhas' [bubbles], após um contacto positivo.

"Reconhecemos que o sistema de 'bolhas' e isolamento está a causar interrupções na educação de muitas crianças. É por isso que vamos acabar com as bolhas e transferir o rastreamento de contactos para o sistema NHS Test and Trace para o ensino primário, escolas e universidades", adiantou.

O sistema de 'bolhas', que pode ser uma turma, ano ou escola inteira, foi criado para limitar as infeções dentro dos estabelecimentos, implicando horários intercalados e separação nos espaços comuns. 

Atualmente, se um aluno que faz parte uma 'bolha' for positivo, todo o grupo precisa de ficar em isolamento em casa. 

O número de ausências nas escolas tem aumentado acentuadamente nas últimas semanas, coincidindo com o crescimento significativo de casos com covid-19 devido à rápida propagação a variante Delta no Reino Unido.

Das 641.200 crianças que faltaram à escola em Inglaterra na semana passada por causa do novo coronavírus, 471.000 foi um resultado do sistema de contactos de risco dentro da escola, um aumento de 69% relativamente à semana anterior, de acordo com números do Ministério da Educação. 

As alterações nas regras são um resultado da determinação do Governo em aliviar restrições em vigor em Inglaterra, tendo o primeiro-ministro, Boris Johnson, anunciado na véspera que o uso de máscaras vai deixar de ser obrigatório e deixarão de existir limites aos ajuntamentos em 19 de julho. 

Apesar de um número elevado de casos de contágio, que admite que chegue aos 100.000 por dia no verão, o Governo está confiante na eficácia das vacinas.

Nos últimos sete dias, entre 29 de junho e 05 de julho, a média diária foi de 18 mortes e 22.247 casos, o que corresponde a uma subida de 4,9% no número de mortes e de 53,2% no número de infeções relativamente aos sete dias anteriores.

O Reino Unido já imunizou mais de 45 mil pessoas, o que corresponde a 86% da população adulta, das quais quase 34 mil, ou 64% da população adulta, têm a vacinação completa. 

O objetivo do Governo é completar a vacinação de todos os adultos até meados de setembro, tendo reduzido o intervalo entre tomas de 12 para oito semanas. 

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.987.613 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 184,1 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.118 pessoas e foram registados 892.741 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, a Índia ou a África do Sul.

Leia Também: Casos ligeiros podem ser explicados por encontros com outros coronavírus

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