O ataque ocorreu por volta das 19:00 (18:00 em Lisboa), na aldeia de Kisima-Vutotolia, a 30 quilómetros da cidade de Beni, na estrada que conduz à fronteira com o Uganda.
"A situação em Kisima é muito dramática. Houve uma incursão das FDA por volta das 19 horas da noite passada [terça-feira]. Houve uma perda de 13 pessoas", disse Donat Kibuana, administrador do território do Beni, à agência de notícias francesa, AFP.
"Há também o desaparecimento de alguns habitantes. Vamos fazer um censos para ver quem não está lá", acrescentou, referindo que a população começou a regressar timidamente àquela zona nos últimos dias, tranquilizada pelo anúncio do estado de sítio proclamado há três semanas pelo governo.
"Já recolhemos 13 corpos. Estas pessoas foram amarradas e decapitadas pelos atacantes", disse, por seu lado, uma fonte humanitária à AFP.
"O chefe da aldeia de Kisima e a sua esposa estão entre as vítimas. Duas crianças de 4 e 2 meses foram encontradas vivas junto aos corpos dos pais", afirmou à AFP Roger Masimango, um repórter da sociedade civil do setor Rwenzori.
A estrada estratégica Beni-Kasindi, que conduz à fronteira com o Uganda, tem várias posições militares e existe ali uma base de forças de manutenção da paz da ONU na RDCongo (Monusco). Esta presença militar não impede, porém, que os ataques continuem.
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