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Ex-ativistas italianos de extrema-esquerda foram libertados em França

Nove ex-ativistas italianos de extrema-esquerda, que anteriormente tinham sido detidos ou entregues à justiça francesa, foram libertados hoje por um tribunal de recurso de Paris, enquanto aguardam análise de pedidos de extradição.

Ex-ativistas italianos de extrema-esquerda foram libertados em França
Notícias ao Minuto

18:45 - 29/04/21 por Lusa

Mundo França

Os nove italianos - todos condenados no seu país natal por atos de terrorismo nas décadas de 1970 e 1980 -- ficam, ainda assim, sem poder sair de França e estão sujeitos à entrega dos seus documentos de identidade.

De acordo o gabinete do procurador-geral francês, nenhum dos nove ex-ativistas consentiu aceitar os pedidos de extradição oriundos de Itália, uma situação que será analisada pelos tribunais.

Os detidos na quarta-feira foram: Enzo Calvitti, Giovanni Alimonti, Roberta Cappelli, Marina Petrella e Sergio Tornaghi, pertencentes às Brigadas Vermelhas; e Giorgio Pietrostefani e Narciso Manenti, dos Núcleos Armados.

Luigi Bergamin, um dos ideólogos do grupo Proletários Armados para o Comunismo, apresentou-se hoje a tribunal, tal como Raffaele Silvio Ventura.

No total, a Itália tinha pedido a extradição de 200 pessoas, durante anos, mas, dessa lista, a França reteve apenas 10 casos, considerados os mais graves, e deles apenas uma pessoa permanece sem paradeiro identificado.

Os 10 nomes dos casos a que a justiça francesa deu seguimento seguem a chamada "doutrina Mitterrand", estabelecida por França na década de 1980 pelo então Presidente François Mitterrand e que estabelece que ex-ativistas italianos de extrema-esquerda podem viver no país se renunciarem às ações violentas e não tiverem crimes de sangue no cadastro.

Como os nove ex-ativistas rejeitaram a extradição, o processo pode demorar mais de dois anos, devido às diferentes possibilidades de recurso perante o Supremo Tribunal ou o perante Conselho de Estado, a mais alta autoridade administrativa francesa.

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