No comunicado da Presidência da Costa do Marfim, refere-se que o anúncio foi feito pelo presidente do grupo mineiro canadiano Montage Gold, Martino de Ciccio, que se encontrou com o chefe de Estado, Alassane Ouattara, em Abidjan, na quinta-feira, para o informar da "descoberta de uma importante jazida de ouro de classe mundial nos departamentos de Kani e Dianra", situados no distrito de Woroba.
"Os recursos minerais deste depósito, a maior mina do país até à data, estão estimados, segundo Martino de Ciccio, em cinco milhões de onças, ou 155,5 toneladas de ouro com um grau médio de 0,72g/t", acrescentou a Presidência.
Segundo o presidente do grupo canadiano a capacidade anual de processamento da fábrica neste depósito, conhecido como projeto Koné, será de "11 milhões de toneladas de minério".
Quando estiver em funcionamento, a mina será "a terceira maior da África Ocidental", depois das do Burkina Faso e Guiné, "que têm capacidades de 12,3 milhões de toneladas e 12 milhões de toneladas, respetivamente".
Em novembro, o ministro das Minas, Petróleo e Energia da Costa do Marfim, Mamadou Sangafowa Coulibaly, estimou que o país produziria 55 toneladas de ouro em 2024, contra 41,8 toneladas em 2021, um valor já superior ao dos anos anteriores.
Um montante inicial de 400 mil milhões de francos CFA (cerca de 609 milhões de euros) será investido na jazida descoberta, que criará "4.500 empregos diretos e indiretos" e "financiará projetos sociais para a população local", segundo a Presidência.
Os trabalhos de construção da mina terão início no último trimestre de 2024. A mina entrará em produção em 2027, com "uma duração de vida estimada em 20 anos".
De acordo com Coulibaly, a Costa do Marfim tinha 227 minas semi-industriais e 149 minas artesanais ativas no final de 2023.
O país possui também diamantes, ferro, níquel, manganês, bauxite e cobre.
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